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Governo tomará medidas para acelerar crescimento

Afinados, Dilma e Mantega prometem novas ações ao longo do ano para garantir alta de 5% do PIB

Por Da Redação
6 mar 2012, 11h35

O governo vai trabalhar ativamente para aumentar o crescimento do Brasil, mas fará isso com responsabilidade fiscal, disse nesta terça-feira a presidente Dilma Rousseff, pouco antes do anúncio de que a economia brasileira cresceu 2,7% em 2011.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) mostrou recuperação gradual da economia no fim do ano passado em meio à crise internacional, mas o desempenho veio abaixo do esperado pelo próprio governo – que desde o início de 2011 esperava um avanço de 5%, mas foi revisando para baixo suas estimativas conforme o fraco desempenho econômico ao longo do ano ia ficando mais claro. A previsão do Planalto para o crescimento do PIB em 2012, entre 4,5% e 5%, revelada ainda no ano passado, é claramente uma meta a ser perseguida.

Com isso em mente, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizaram nesta terça algumas ações que poderão ser tomadas pelo governo no curto prazo. “O governo brasileiro terá uma posição proativa no sentido de ampliar, cada vez mais, a taxa de crescimento no Brasil de forma sustentável, respeitando o equilíbrio macroeconômico com finanças públicas e uma estrutura fiscal sólida”, disse Dilma em Hannover, na Alemanha, em comunicado conjunto com a chanceler alemã, Angela Merkel.

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Em coletiva de imprensa em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostrou sintonia com a chefe do Executivo e afirmou que o governo tomará novas ações no decorrer do ano para garantir um crescimento mais forte. Ele reafirmou que o ritmo de expansão do PIB vai se acelerar ao longo de 2012, atingindo o ápice no segundo semestre, com alta anual de até 5%.

Para isso, Mantega prometeu estímulos à indústria e que os bancos públicos continuarão reduzindo juros e spreads bancários. Entre os setores da economia, a indústria foi o que menos cresceu no ano passado: 1,6%. A agropecuária teve maior alta, de 3,9%, enquando o setor de serviços cresceu 2,7%.

Câmbio – Segundo o ministro, mesmo com a China crescendo menos – foi anunciado nesta segunda-feira que o crescimento do PIB chinês deve ficar em 7,5% –, será possível manter o câmbio equilibrado no Brasil.

Ele disse o governo não vai permitir a valorização do real ante o dólar para não causar prejuízos à indústria. “O câmbio é uma variável importante e temos todos os instrumentos para garantir que o real não vai se valorizar. Podemos tomar outras medidas”, disse Mantega. “Vamos manter o real desvalorizado com o arsenal de medidas que temos”.

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Excesso de liquidez – Dilma também disse que o momento adverso na economia internacional pressiona as taxas de crescimento de países em desenvolvimento e voltou a criticar o excesso de liquidez que valoriza moedas locais, como o real, favorecendo importações e prejudicando a indústria nacional.

“(Este) é um período adverso, eu acho, para a economia internacional, uma vez que não só os países desenvolvidos estão sofrendo pressões nas suas taxas de crescimento, mas também os países emergentes”, disse Dilma. “Na verdade, o que tem acontecido é que os países emergentes têm visto as suas taxas de crescimento diminuírem”, completou.

Dilma elevou o tom das críticas às medidas de política monetária expansionista praticadas pelos países desenvolvidos, como a injeção de 530 bilhões de euros na semana passada pelo Banco Central Europeu (BCE) nas instituições financeiras que enfrentam problemas, chamando o momento de “tsunami monetário”.

(com Reuters)

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