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Graça fala que ainda é cedo para contabilizar peso da alta do dólar

Disparada do dólar, que chegou a atingir 2,27 reais, pesa sobre a Petrobras, que tem custos e dívida em moeda-norte americana

Por Da Redação
21 jun 2013, 14h39
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  • A desvalorização do real frente ao dólar deve ter peso nas contas da Petrobras, já que a estatal tem dívida e custos na moeda norte-americana. Apesar disso, a presidente da petroleira, Maria das Graças Foster, disse que ainda é necessário esperar para dimensionar o problema, durante palestra em São Paulo. “Nós temos uma variação abrupta do câmbio e é preciso esperar o último dia útil de junho para responder de forma quantitativa essa pergunta. A Petrobras tem dívida em dólar. A indústria de petróleo é dolarizada”, declarou ao ser questionada sobre o impacto para os resultados da empresa.

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    Apesar da imprecisão na resposta, em evento no início de junho, Graça Foster afirmou que o câmbio “como está não é bom para a Petrobras“. Cerca de três quartos da dívida da Petrobras estão em moeda estrangeira, com a maior parte sendo atrelada ao dólar. Além da questão da dívida, a Petrobras é a maior importadora do país, e tem elevado as compras externas de petróleo e derivados, para atender a demanda crescente. Considerando que a estatal vende derivados com preços inferiores aos do mercado internacional, a alta do dólar pode aumentar a defasagem de preços.

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    A cotação do dólar ante o real já subiu cerca de 5,5% em junho e acumula alta de mais de 10% no segundo trimestre. Na sessão de quinta-feira, o dólar chegou a atingir 2,27 reais e fechou a 2,25 reais. A trajetória de alta da moeda norte-americana não é vista apenas no Brasil, mas tem pesado também nas economias emergentes desde que o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, começou a sinalizar a redução dos estímulos monetários por meio da compra de títulos. O Fed vem injetando mensalmente 85 bilhões de dólares na economia com compra de 40 bilhões de dólares em ativos lastreados em hipotecas e 45 bilhões de dólares em títulos do governo dos EUA de longo prazo por mês.

    Bolsa – De acordo com Graça Foster, as ações da Petrobras caíram abaixo de um nível razoável, acrescentando que a companhia espera “reconquistar” a confiança de investidores à medida que avançar com seu programa de controle de custos e aumentar a produção de petróleo.

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    As ações preferenciais da estatal recuaram cerca de 15% do início de junho até o fechamento de quinta-feira. O Ibovespa, no mesmo intervalo, caiu quase 10%. “As ações caíram abaixo do valor razoável. A expectativa (do mercado) era sempre de mais produção e isso não foi possível. À medida que a gente mostre nossa produção, vamos ter as ações voltando a patamar maior. À medida que tivermos custos controlados, vamos reconquistar a confiança do mercado”, disse Graça Foster.

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    A produção da estatal em março deste ano no Brasil, de 1,846 milhão de barris por dia, foi a menor desde setembro, em função de paradas para manutenção de plataformas. Em abril, a produção da empresa chegou a se recuperar, com o retorno de algumas unidades à atividade, somando 1,924 milhão de barris por dia, mas ainda abaixo da média de abril de 2012. “Há um grande constrangimento da minha parte, mas o trabalho é transparente, e trabalhamos duro para reconquistar o mercado”, reiterou a presidente da companhia.

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    Nesta sexta-feira, a ação preferencial da Petrobras operava em baixa de 2,82% às 12h35, enquanto o Ibovespa tinha queda de 2,2%. A Bolsa de Valores também vem sendo pressionada com o anúncio do Fed, com uma fuga de capital que reflete a aversão ao risco dos investidores, que procuram por ativos mais seguros do que ações quando o cenário é de incerteza.

    (com agência Reuters)

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