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Fed mantém política de compra de títulos inalterada

Autoridade monetária dos Estados Unidos usou como justificativa para a manutenção da política fiscal o desemprego elevado e inflação abaixo de 2,0%

Por Da Redação
19 jun 2013, 15h56

Após dois dias de reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed), o BC dos Estados Unidos, anunciou na tarde desta quarta-feira a manutenção da taxa de juros e da política de compra de ativos, que está em 85 bilhões de dólares mensais. Contudo, a autoridade monetária sinalizou que está pronta para reduzir o programa de compra de títulos, apesar da intensa especulação nos mercados de que poderia estar se aproximando do fim.

Para justificar a manutenção dos juros e da compra de ativos, as autoridades do Fed disseram que a economia está se recuperando de forma moderada e que a inflação está abaixo da meta de longo prazo, de 2,0%. Outra justificativa foi o patamar elevado de desemprego do país que, segundo as autoridades do Banco Central dos EUA, ainda está acima do considerado reforçado.

Em coletiva de imprensa realizada logo após o anúncio, o presidente do Fed, Ben Bernanke, disse que o estímulo monetário nos Estados Unidos começará a ser reduzido no fim deste ano e será encerrado no meio de 2014 se as projeções para a economia se confirmarem. Ele disse ainda que a taxa de desemprego deve estar próxima de 7% quando as compras de ativos chegarem ao fim, mas recusou-se a responder uma pergunta sobre planos para o futuro.

Durante a entrevista, Bernanke também foi questionado sobre o fim de seu mandato como presidente do Fed, mas negou-se a comentar o assunto. Na segunda, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que Bernanke “ficou no cargo por mais tempo do que havia planejado“.

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O Fed mantém a taxa de juros quase zerada desde dezembro de 2008, ao mesmo tempo em que mais do que triplicou seu balanço patrimonial, para cerca de 3,3 trilhões de dólares, com suas compras de bônus. Na atual terceira rodada de “quantitative easing” (ou afrouxamento quantitativo), como é chamada a política de injeção de dinheiro no mercado para estimular a economia, o BC americano compra 40 bilhões de dólares em ativos lastreados em hipotecas e 45 bilhões de dólares em títulos do governo dos EUA de longo prazo por mês.

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Em 22 de maio, Ben Bernanke, presidente do Fed, havia declarado que o BC poderia começar a reduzir as compras em uma de suas próximas reuniões. O anúncio afetou os mercados financeiros e elevou com força os rendimentos dos títulos futuros. Nas últimas semanas, o simples temor de redução do ritmo de estímulos do Fed movimentou os mercados internacionais, incluindo o Brasil. A Bolsa de Valores renovou mínimas históricas e o dólar bateu patamares recordes que não eram vistos nos últimos quatro anos.

Analistas explicam que a retirada de estímulos significaria, de imediato, que a economia americana está caminhando consistentemente rumo à recuperação. Essa melhora levaria o Fed, em um segundo momento, a elevar os juros. Com juros mais altos, os títulos americanos, considerados os mais seguros e livres de calote do mundo, renderão mais.

Assim, os títulos americanos se tornam mais atraentes para investidores internacionais, que poderão migrar simplesmente para os EUA ou exigir dos outros países que vendam títulos a uma taxa de juros mais atrativa.

(com agência Reuters)

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