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Fazenda revisa previsão de crescimento do PIB para 4%

Em fala ao Senado, ministro da Fazenda admitiu pela primeira vez que, se crise piorar, PIB pode cair até 1%

Por Carolina Freitas
22 Maio 2012, 12h48
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  • Cenário de crise interfere também na previsão do ministro Mantega para a geração de empregos

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    O Ministério da Fazenda revisou nesta terça-feira de 4,5% para 4% a previsão para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012. O novo dado consta de material apresentado pelo ministro Guido Mantega na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Até a semana passada, Mantega mantinha a expectativa de crescimento do país em 4,5%. Durante sua fala o ministro tentou manter o otimismo que dá a tônica dos discursos do governo nos últimos dias, mas admitiu a possibilidade de deterioração em alguns indicadores diante do cenário internacional.

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    “Houve uma desaceleração da economia no primeiro trimestre.O cenário internacional piorou no ano passado e isso nos afeta. Mas continuamos trabalhando com a perspectiva de que a economia vai crescer este ano. Não teremos talvez os 4,5% que esperávamos, mas teremos crescimento”, disse Mantega.

    A previsão do mercado, porém, é inferior à perspectiva oficial para o PIB de 2012. Nesta segunda-feira, o mais recente boletim Focus divulgado pelo Banco Central mostrou que a expectavida dos economistas e analistas do mercado para alta do PIB é de crescimento de 3,09%.

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    Guido Mantega admitiu pela primeira vez a possibilidade de uma queda no PIB. “Devemos ter perda de PIB de 1%, se houver aprofundamento da crise”, afirmou na audiência da CAE. Ele ponderou que o Brasil está entre os países que serão menos afetados pela crise, junto com nações da América Latina. Mantega baseou a possibilidade de queda de 1% no PIB do país em um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê retração de 3% para a Europa.

    Empregos – O cenário de crise interfere também na previsão do ministro Mantega para a geração de empregos no Brasil. No início do ano, Mantega esperava a criação de 2 milhões de vagas em 2012. Nesta terça-feira ele citou a perspectiva de criação de 1,3 milhão a 1,4 milhão de postos. Ele afirmou que a medida anunciada na segunda-feira, de redução do IPI para automóveis tem como um dos objetivos justamente estimular o setor produtivo e impedir demissões de trabalhadores.

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    Ainda assim, Mantega afirmou que o governo tem como um desafio acelerar o crescimento do país mesmo no cenário de crise. “Isso não é algo trivial ou automático”, disse. “Passa pela dinamização dos investimentos, fortalecimento do mercado interno, manutenção do câmbio favorável, continuidade das reformas do sistema tributário, com desoneração, e redução dos custos de logística e infraestrutura.”

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    Ato falho – O ministro foi traído pelas palavras e cometeu um ato falho durante sua apresentação. Relembrando a crise econômica de 2008, Mantega afirmou que, à época, “o pessimismo tomou conta do empresariado e do setor financeiro, que travaram a economia. O governo, com otimismo, disse que poderíamos sim superar crise e tomou medidas. Se eu puder escolher entre pessimismo e otimismo vou escolher o pessimis.. otimismo.”

    Para o ministro, o Brasil tem condições de frear os efeitos da crise. “O Brasil está mais preparado agora do que estava em 2008 para enfrentar essa crise”, disse. “Dessa vez temos quase o dobro das reservas, situação fiscal mais sólida, nossa relação entre dívida e PIB é menor, temos mais solidez. Estamos preparados para um eventual agravamento da crise europeia.”

    Um dos exemplos de ação do governo que ajudariam a conter os impactos do cenário externo, de acordo com Mantega, é o investimento do governo. Ele citou um dado inédito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): de janeiro a abril foram investidos 11,3 bilhões de reais, mais do que metade do que foi investido no ano passado inteiro.

    O ministro foi convidado a falar na CAE para explicar aos senadores detalhes da Medida Provisória editada no início do mês pelo governo que mudou a rentabilidade da caderneta de poupança.

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