Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Estados e municípios ajudam a segurar déficit das contas públicas

Governo central respondeu quase que sozinho pelo resultado negativo recorde de junho

Por Da Redação
31 jul 2015, 16h49
  • Seguir materia Seguindo materia
  • As contas do setor público, que abrange os governos central, estadual e municipal, além das estatais, fecharam o mês de junho com um déficit primário de 9,32 bilhões de reais, o menor saldo verificado na série histórica iniciada em dezembro de 2001. O montante economizado para o pagamento dos juros da dívida pública poderia ter sido pior, se os governos regionais (Estados e municípios) não tivessem conseguido manter as suas contas no azul, em contraste com a União (governo federal, Banco Central e Previdência) e as estatais, que gastaram mais do que arrecadaram e levaram o saldo para o vermelho no mês.

    Publicidade

    Enquanto os governos regionais alcançaram um ligeiro superávit de 56 milhões de reais, o governo central respondeu sozinho por um déficit de 8,5 bilhões de reais. As estatais também contribuíram negativamente, com déficit de 813 milhões de reais.

    Publicidade

    Não à toa a presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quinta-feira com governadores de 26 Estados, no Palácio da Alvorada, em Brasília. Por trás da troca de sorrisos, cumprimentos e da aparente união entre as esferas, o recado do Planalto era claro: se houver mais empecilhos para passar as medidas de ajuste no Congresso, o contingenciamento chegará ao caixa dos Estados. Num aceno aos governadores, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ainda chegou a lhes informar que vai autorizar nos próximos meses a obtenção de novos empréstimos.

    Não é coincidência também que, por meio do projeto de lei que derruba a meta fiscal de 1,1% para 0,15%, o governo propôs uma cláusula que prevê a compensação mútua entre os resultados primários dos governos centrais ou regionais. De acordo com a nova meta, a União deve economizar 5,8 bilhões de reais (0,10% do PIB), enquanto que Estados e municípios devem poupar 2,9 milhões de reais (ou 0,05% do PIB). Com a emenda, uma esfera poderá usar o dinheiro da outra para melhorar o resultado fiscal consolidado.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, explicou que o governo central respondeu por quase todo o déficit de junho por uma questão de “sazonalidade”. Ele afirmou que os governos regionais, no início do mandato, costumam segurar mais os gastos. Além disso, citou o pagamento do IPVA e do IPTU recolhido no início do ano. “É quando o novo governante toma o pé da situação antes de dar curso aos projetos”, afirmou.

    Para Maciel, no entanto, a expectativa é que os Estados e municípios não consigam manter o mesmo resultado positivo e que a contribuição só piore na segunda metade do ano. “O segundo semestre será menos favorável do que o primeiro para os governos regionais, não há dúvidas”, afirmou.

    Publicidade

    LEIA TAMBÉM:

    Gastos do governo avançam e país tem o primeiro déficit semestral da história

    Publicidade

    Mesmo com déficit histórico, secretário do Tesouro diz não acreditar em rebaixamento

    Dívida pública sobe 3,5% em junho e chega a R$ 2,5 trilhões

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    (Da redação)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.