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Em dois dias, BTG perdeu quase um quarto de seu valor de mercado

Prisão de André Esteves, controlador do banco, derrubou ações nesta quarta-feira; um dia depois da detenção, papéis seguem em queda

Por Da Redação
26 nov 2015, 12h23
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  • A prisão de André Esteves, controlador do BTG Pactual, ocorrida nesta quarta-feira, fez com que o banco perdesse quase um quarto de seu valor de mercado em menos de dois dias. Às 12h45 desta quinta, o valor de mercado da instituição era de 22,34 bilhões de reais, montante 22,4% menor que o registrado no fechamento da Bovespa na terça-feira.

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    O valor de mercado considera o preço das units do banco às 12h45, quando os papéis caíam 2,01% e eram negociados por 23,91 reais. Units são certificados de depósitos de ações, normalmente formados por mais de uma categoria de papel. A combinação mais comum é a de um pacote formado por ações ordinárias e preferenciais.

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    André Esteves foi preso sob a acusação de obstrução da Justiça nas investigações da Operação Lava Jato. Sua detenção derrubou as units do BTG nesta quarta, que chegaram a cair quase 40% durante o dia. No fim do pregão, o banco anunciou a recompra de 10% de suas units, o que limitou as perdas. Ainda assim, foram de impressionantes 21%.

    Ao contrário do que ocorre com as ações de instituições como Itaú Unibanco e Banco do Brasil, que frequentemente aparecem entre as mais negociados da Bovespa, os papéis do BTG têm um histórico de baixo volume de negócios e muito pouca oscilação – que, quando ocorre, é para cima. Na terça-feira, por exemplo, quando fecharam a 30,67 reais, as units do BTG passaram o dia todo praticamente sem mudar de valor.

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    O BTG Pactual tem finanças sólidas, segundo atestou o Banco Central horas depois da prisão de André Esteves, o que não impediu o derretimento de seus papéis. Isso ocorreu muito porque o banco está fortemente ligado à figura de Esteves, o que cria entre os investidores o receio de que as operações possam de alguma forma ser afetadas com a ausência do nome maior da instituição. Persio Arida, ex-presidente do Banco Central e hoje vice-presidente do BTG, foi indicado para ocupar interinamente o posto de comando.

    Rating – Outra notícia ruim para o banco de investimento veio da Fitch. Nesta quinta-feira, a agência de classificação de risco colocou em observação negativa a nota de crédito da instituição. A agência deverá tomar uma decisão sobre o rating do BTG em até seis meses, disse à Reuters o diretor da Fitch Eduardo Ribas. Ele pondera que uma ação deve vir antes, dependendo da evolução das condições de liquidez e de funding (financiamento) do grupo.

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    A decisão da Fitch ocorre após a Moody’s ter colocado a nota em escala global do BTG Pactual, atualmente em “Baa3”, em revisão para um rebaixamento. Atualmente, o rating de longo prazo em moeda estrangeira da Fitch para o BTG Pactual é “BBB-“, com perspectiva negativa, em linha com a nota soberana do país.

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