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Economia brasileira tem estagnação no 3o tri, diz IBGE

Por Rodrigo Viga Gaier RIO DE JANEIRO (Reuters) – A economia brasileira ficou estagnada no terceiro trimestre deste ano em comparação ao segundo, com a primeira queda no consumo das famílias em quase três anos, informou o IBGE nesta terça-feira. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento zero entre julho e setembro na comparação com […]

Por Da Redação
6 dez 2011, 10h01
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  • Por Rodrigo Viga Gaier

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    RIO DE JANEIRO (Reuters) – A economia brasileira ficou estagnada no terceiro trimestre deste ano em comparação ao segundo, com a primeira queda no consumo das famílias em quase três anos, informou o IBGE nesta terça-feira.

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    O Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento zero entre julho e setembro na comparação com os três meses anteriores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já na comparação com o terceiro trimestre de 2010, houve uma expansão de 2,1 por cento.

    O consumo das famílias, um dos motores da economia nos últimos trimestres, caiu 0,1 por cento na comparação entre o terceiro trimestre e o segundo, a primeira queda desde o quarto trimestre de 2008.

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    Também caíram a formação bruta de capital fixo (FBCF) -uma medida de investimentos-, e o consumo do governo, respectivamente 0,2 por cento e 0,7 por cento no período.

    “O que temos aqui talvez seja resultado puxado por retração no gasto do governo”, avaliou o economista sênior da Gradual Investimentos, Andre Perfeito. “Desde o início do ano o governo vem praticando uma política econômica contracionista, não dava para esperar outra coisa.”

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    SERVIÇOS EM QUEDA

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    Na mesma comparação, a agropecuária teve expansão de 3,2 por cento, mas a indústria registrou contração de 0,9 por cento e o setor de serviços queda de 0,3 por cento.

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    “A indústria, como já era esperado, teve retração, mas me surpreendeu a queda no setor de serviços. Esperávamos pelo menos estabilidade, dado que o mercado de trabalho continua relativamente forte”, disse o economista-chefe da CM Capital Markets, Maurício Nakaodo.

    “O que ajudou de maneira geral o PIB foi o setor externo, crescimento das exportações, o que acaba sendo preocupante. Ter o crescimento do PIB condicionado ao setor externo na atual conjuntura é bem preocupante”, acrescentou.

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    Para o coordenador de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flavio Castelo Branco, a atividade brasileira continuará patinando neste fim de ano, com uma recuperação ocorrendo apenas a partir do ano que vem.

    “Os últimos meses de 2011 devem continuar ruins e a melhora deve vir só em 2012, com as ações do governo (para estimular o consumo) e o ciclo de redução da Selic”, afirmou ele.

    Na semana passada, além de o Banco Central (BC) ter feito novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, para 11 por cento ao ano, o governo anunciou um pacote de medidas para estimular a economia. Entre elas, reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os produtos de linha branca e zerou o Imposto sobre Operações Financeiras para investidores estrangeiros em ações.

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    O objetivo, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, é garantir que o país tenha expansão entre 4,5 e 5 por cento no próximo ano.

    Segundo o último relatório Focus do Banco Central, junto a agentes econômicos, a expectativa é de um crescimento do PIB de 3,09 por cento este ano e de 3,48 por cento em 2012.

    SOBRE 2010

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    Em relação ao terceiro trimestre de 2010, a agropecuária cresceu 6,9 por cento, enquanto a indústria teve expansão de 1,0 por cento e o setor de serviços crescimento de 2,0 por cento.

    Nessa comparação, o consumo das famílias aumentou 2,8 por cento, a FBCF subiu 2,5 por cento e o consumo do governo cresceu 1,2 por cento.

    O resultado do PIB na comparação trimestral confirmou pesquisa Reuters, onde a mediana das previsões dos economistas era de crescimento zero. Mas na comparação anual, a expectativa era de uma expansão de 2,4 por cento.

    O IBGE também divulgou nesta manhã dados revisados dos últimos trimestres. A expansão do PIB no segundo trimestre sobre o primeiro trimestre foi revisada de 0,8 por cento para 0,7 por cento, enquanto o crescimento do primeiro sobre o quarto trimestre passou de 1,2 por cento para 0,8 por cento.

    (Reportagem adicional de Jeb Blount, no Rio de Janeiro; Luciana Lopez, José de Castro e Inaê Riveras, em São Paulo)

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