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Economia brasileira desacelera no 1o tri, mostra IBC-Br

Por Patrícia Duarte SÃO PAULO, 18 Mai (Reuters) – Ao contrário do que previa o governo, a atividade econômica brasileira entrou 2012 desacelerando. De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o primeiro trimestre deste ano registrou alta de 0,15 por […]

Por Da Redação
18 Maio 2012, 10h08
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  • Por Patrícia Duarte

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    SÃO PAULO, 18 Mai (Reuters) – Ao contrário do que previa o governo, a atividade econômica brasileira entrou 2012 desacelerando. De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o primeiro trimestre deste ano registrou alta de 0,15 por cento quando comparado com o quatro trimestre do ano passado.

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    Essa velocidade é menor em relação à que foi vista entre outubro e dezembro passados, quando o indicador mostrou expansão de 0,20 por cento sobre o trimestre imediatamente anterior.

    O BC mostrou ainda nesta sexta-feira que o IBC-Br recuou 0,35 por cento em março frente a fevereiro, registrando o terceiro mês seguido de contração. Em fevereiro, quando comparado com janeiro, o índice mostrou queda de 0,38 por cento, número revisado em relação ao divulgado anteriormente (-0,23 por cento).

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    Economistas ouvidos pela Reuters previam alta de 0,50 por cento na variação mensal. O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia -serviços, indústria e agropecuária.

    A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff já sabe que o desempenho da economia no primeiro trimestre deste ano será ruim, o que afetará todo o resultado para 2012. Tanto é que a previsão inicial de expansão de 4,5 por cento do PIB foi descartada e as contas agora giram em torno de apenas 3,2 por cento. Por isso, já estudam novas medidas de estímulos.

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    No ano passado, o PIB brasileiro registrou expansão de apenas 2,7 por cento, sendo que apenas no quarto trimestre expandiu 0,3 por cento, indicando que a atividade estava se recuperando. O agravamento da crise externa, sobretudo com os problemas na zona do euro, estão impedindo que a economia brasileira retome o fôlego, avaliam o governo e especialistas.

    INDÚSTRIA PESA

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    Na avaliação de economistas, o mau resultado da economia tem sido puxado pelo setor industrial. A equipe de especialistas do Santander, por meio de nota, informou que os números “sugerem que o fraco resultado da indústria pesou mais sobre o indicador (IBC-Br) do que a expansão registrada nas vendas do varejo no período.”

    Mesmo assim, ainda aposta que o PIB no trimestre passado deve ser maior do que o registrado pelo IBC-Br “por questões estatísticas”, mas que o indicador acabou impondo um viés de baixa para a projeção no período, de 1 por cento de expansão no período.

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    Em março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial havia recuado 0,5 por cento frente a fevereiro, fechando o primeiro trimestre do ano também com perdas de 0,5 por cento sobre o quarto trimestre de 2011.

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    Por isso, o governo anunciou medidas para acelerar a atividade e estimular o consumo. As mais recentes aconteceram no início de abril, num pacote de pouco mais de 60 bilhões de reais entre desonerações e nova injeção de capital no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    O mercado projeta que o PIB crescerá 3,20 por cento neste ano, segundo pesquisa Focus do BC divulgada na segunda-feira. Também como parte dos estímulos do governo, os agentes econômicos esperam que o BC continue reduzindo a Selic -hoje a 9 por cento ao ano- para 8 por cento neste ano.

    O setor varejista, com o mercado de trabalho ainda aquecido, continua mostrando alguma força. Em março, também pelo IBGE, houve expansão de 0,2 por cento na comparação mensal, mas em relação a um ano antes, o crescimento ficou em 12,5 por cento.

    Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, os sinais fracos da economia, corroborados pelo IBC-Br, mantêm espaço para o BC continuar reduzindo a Selic. “Tudo isso em conjunto conspira para uma ação do Banco Central mais enérgica em 2012”, afirmou ele por meio de nota, acrescentando quer vê a taxa básica de juros do país em 6 por cento ao ano.

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