O dólar perdeu força nesta sexta-feira (31) e opera em baixa de 0,58% após atuação do Banco Central para controlar a volatilidade da moeda. Às 12h20, estava sendo vendida a 4,1222 reais — na máxima do dia, o dólar chegou a 4,1765 reais.
Ontem, a moeda americana bateu o valor de 4,2085 reais, próximo da máxima histórica de 4,21 reais em janeiro de 2016.
O mercado local opera sob cautela política antes do julgamento da candidatura do ex-presidente Lula pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a partir das 14h30. Os investidores também avaliam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 0,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano, que veio dentro do esperado e totalizou 1,693 trilhão de reais.
O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas (recuo de 0,62% a crescimento de 0,50%) e acima da mediana de 0,1%. Na comparação com o segundo trimestre de 2017, o PIB avançou 1,0% neste ano. O resultado ficou dentro das estimavas dos analistas, que previam expansão entre 0,64% e 1,50%, com mediana de 1,10%.
Dólar turismo
O dólar turismo está sendo vendido por cerca de 4,29 reais nesta sexta-feira — a cotação acompanha o valor do dólar comercial.
Para minimizar as perdas em meio ao cenário de volatilidade cambial, analistas mantêm a receita tradicional: parcelar a compra de dólar até a data da viagem. Se a viagem é para dezembro, a sugestão é comprar um pouco agora, outro tanto em setembro e na véspera do embarque.
“A dica é sempre fazer pequenas compras, pois aí se consegue um preço médio. Se voltar a subir, tem um preço médio mais baixo”, afirma André Diz, professor de macroeconomia do Ibmec/SP.
Ítalo Santos, especialista em Câmbio da Icap do Brasil, diz que não existe uma data específica para comprar dólar. “Se a moeda está em queda, não espere que ela caia mais. Aproveite o momento para comprar.”
(Com Estadão Conteúdo)