Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Do etanol ao cafezinho: os produtos que ficaram mais caros em 2021

IPCA fechou 2021 em 10,06%, maior índice desde 2015; serviços como transporte por aplicativo estão na lista dos 20 itens que mais variaram

Por Larissa Quintino Atualizado em 11 jan 2022, 22h32 - Publicado em 11 jan 2022, 10h25
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A marca de dois dígitos na inflação oficial do país não é apenas uma marca para fins estatísticos, ela retrata um aperto no orçamento de famílias e empresas. Diferentemente de 2020, quando a alta dos preços ficou concentrada em alimentos, no recorte dos 20 itens que mais subiram de preço, no ano passado o aumento foi disseminado entre as categorias. Combustíveis, alimentos e até serviços aparecem na lista dos itens que ficaram mais caros em 2021.

    Publicidade

    O ranking é encabeçado pelo etanol, que acelerou mais de 62% no ano. Segundo o IBGE, a alta foi influenciada pela produção de açúcar. O produto campeão no ranking dos itens mais caros de 2021 mostra bem a conjuntura da elevação dos preços: os valores do etanol, historicamente são atrelados aos da gasolina. Apesar de não usar petróleo como matéria prima, o preço acompanha o do combustível para manter o nível de oferta e demanda. Então, com a aceleração da gasolina, o etanol também subiu. Além disso, o produto é feito de cana, que também produz açúcar. As commodities agrícolas, assim como o petróleo, são influenciadas pelo dólar, que acelerou durante 2021. O clima também influenciou diretamente na safra, elevando os preços. No ranking, o café (50,24%) e o açúcar refinado (47,87%) são o 2º e o 4º produto que mais variaram no top 20.

    Publicidade

    Os preços também refletem um comportamento da economia que foi a retomada de atividades dos serviços, o setor mais prejudicado da economia pelo choque inicial da Covid-19. Mudança e transporte por aplicativo, atividades essencialmente de serviços, estão na lista das maiores variações.

    Continua após a publicidade

    No ano passado, dos 20 produtos mais caros, 19 foram alimentos. O óleo de soja e o arroz encabeçaram a lista, sendo colchão o único produto que não pertencia à cesta de alimentos e bebidas.

    Publicidade

    Inflação

    Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, a inflação oficial do país fechou 2021 em 10,06%, muito acima da meta de inflação (3,75%) e estourando o teto da meta (5,25%). Com o resultado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deve endereçar uma carta ao Ministério da Economia explicando o estouro e os caminhos a seguir durante este próximo ano para evitar um novo descumprimento.

    Nas estimativas do mercado financeiro, o IPCA deve encerrar 2021 em 5,03%, acima do centro da meta (3,5%) e do teto (5%). Apesar do estouro, o mercado aposta na desaceleração do índice, resultado das altas nas taxas de juros promovidas pelo BC durante o ano passado. A Selic, taxa básica de juros da economia, está em 9,25% e deve subir para 10,75% já em março, segundo sinalização do Copom. O mercado aposta que a taxa básica encerre o ano em 11,75%.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.