O Banco Central Europeu (BCE) está pronto para usar ferramentas não convencionais adicionais e para ajustar seus atuais esforços para impulsionar a inflação e o crescimento na zona do euro se necessário. Falando ao comitê de assuntos econômicos e monetários do Parlamento europeu, Draghi disse que o Conselho do BC da zona do euro continua monitorando os preços da inflação no médio prazo.
“Estamos prontos para usar instrumentos não convencionais adicionais dentro de nosso mandato e alterar o tamanho e/ou a composição de nossas intervenções não convencionais, caso se torne necessário combater ainda mais os riscos de um período muito prolongado de inflação baixa”, disse Draghi. A inflação baixa evidencia a fraca atividade econômica da zona do euro, uma vez que o consumo está desaquecido.
O presidente da instituição também disse nesta segunda-feira que espera mais demanda dos bancos pelo novo programa de empréstimos de longo prazo (títulos conhecidos como TLTROs, na sigla em inglês) quando o financiamento for oferecido novamente em dezembro.
Como na semana passada o BCE vendeu menos do que esperava em sua primeira oferta do programa, na semana passada, o mercado começou a especular sobre a possibilidade de a autoridade monetária adotar medidas mais radicais de estímulos, como a compra de grandes quantidades de dívida soberana em uma política conhecida como “quantitative easing” e já usada pelos EUA. Isso, contudo, enfrentaria forte resistência da Alemanha, principal economia do bloco do euro.
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Títulos – Pesquisa da Reuters divulgada nesta segunda-feira prevê que a segunda oferta de TLTROs em dezembro vai atrair demanda melhor do que a venda da semana passada, mas provavelmente um terço do total de 400 bilhões de euros oferecidos não deve ser comprado pelo mercado. “As operações de setembro e dezembro devem ser avaliadas em conjunto”, disse Draghi, acrescentando que as notícias sobre o programa de TLTROs já tiveram “impacto positivo sobre a confiança do mercado financeiro”.
(Com agência Reuters)