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BC anuncia nova medida para conter alta do dólar

A instituição acaba com o recolhimento compulsório sobre as posições dos bancos que apostam em uma queda da moeda norte-americana, como estratégia para aumentar a oferta e reduzir as cotações

Por Da Redação
26 jun 2013, 14h11
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  • O Banco Central (BC) anunciou na noite desta terça-feira mais uma medida para tentar conter alta do dólar. O órgão acabou com o recolhimento compulsório sobre as posições vendidas de bancos no mercado de câmbio, ou seja, aquelas que apostam na queda da cotação do dólar. A ação tem efeito de venda de moeda no mercado, contribuindo para o aumento da oferta e, consequentemente, para a redução do preço.

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    Desde 2011, as instituições que apostassem nesse tipo de movimento, com valores acima de 3 bilhões de dólares, eram obrigadas a recolher de forma compulsória 60% do valor excedente e deixar o dinheiro parado no BC. Na época, o governo visava comprar dólares para retirar moeda do mercado e tentar deter a valorização do real. Contudo, a proposta agora é exatamente o contrário: incentivar os bancos a venderem dólares, motivo pelo qual o Banco Central zerou a alíquota sobre a posição vendida.

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    Segundo os últimos dados recolhidos, os bancos estavam comprados em 4,5 bilhões de dólares. Com a moeda em caixa, pode-se lucrar com uma eventual alta das cotações. Se os bancos aumentam a posição comprada, por exemplo, significa que estão comprando a moeda estrangeira, o que resulta em um aumento da demanda e pressão sobre as cotações.

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    Medidas – Essa é a terceira medida cambial estabelecida com o objetivo de conter uma “debandada” de dólares no país. No último dia 4, o Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos estrangeiros em renda fixa, que era de 6%, como forma de estimular a entrada de dinheiro no mercado brasileiro. Após a mudança, constatou-se uma entrada de 5 bilhões de reais no país para esse tipo de investimento. Uma semana depois, a Fazenda também zerou o IOF sobre contratos de câmbio (derivativos cambiais). Além disso, desde o final de maio, o BC voltou a realizar leilões de contratos de câmbio (os chamados swaps) e a emprestar dinheiro das reservas em moeda estrangeira.

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    Interferência – Para o diretor-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima, a ação do BC não é coerente com o seu discurso de apenas interferir no mercado com o objetivo de minimizar a volatilidade dos mercados. “Fica claro para mim que o BC busca um nível de câmbio mais baixo por conta da pressão sobre a inflação.” Ele lembrou também que ontem o dólar fechou em queda, e que essa medida vai acabar criando mais volatilidade.

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    (com Estadão Conteúdo)

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