Assine VEJA por R$2,00/semana
Reinaldo Azevedo Por Blog Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Banco dos Brics terá sede em Xangai e presidência indiana

Por Talita Fernandes, na VEJA.com: Os chefes de governo dos Brics definiram nesta terça-feira que a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) ficará a cargo de um indiano, e a cidade chinesa de Xangai sediará a nova instituição. A decisão foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff depois de um intenso debate entre Brasil e […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h29 - Publicado em 15 jul 2014, 23h36
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por Talita Fernandes, na VEJA.com:
    Os chefes de governo dos Brics definiram nesta terça-feira que a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) ficará a cargo de um indiano, e a cidade chinesa de Xangai sediará a nova instituição. A decisão foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff depois de um intenso debate entre Brasil e Índia sobre a presidência da instituição, enquanto África do Sul (com a cidade de Johanesburgo) e China disputavam a sede do banco. Os líderes se reúnem na VI Cúpula dos Brics, em Fortaleza.

    O encontro entre Dilma Rousseff, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da China, Xi Jinping; e da África do Sul, Jacob Zuma; e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, também definiu o tempo de mandato da presidência do NBD, fixada em cinco anos. A presidência da instituição será rotativa, e o Brasil será o próximo a indicar um presidente para a instituição. A China, por ser a sede do banco, será o último país a presidi-lo. O Brasil ficará com a presidência do conselho de administração, enquanto o presidente do conselho de governadores será da Rússia. Haverá ainda uma subsidiária africana para o banco, chamada de Centro Regional Africano do Novo Banco de Desenvolvimento, que será estabelecida na África do Sul.

    Publicidade

    Como o esperado, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul decidiram investir US$ 10 bilhões cada no novo banco, totalizando US$ 50 bilhões. Contudo, o banco está autorizado a captar até US$ 100 bilhões.

    Publicidade

    FMI dos emergentes
    Além do NBD, os países definiram a criação do Arranjo Contingente de Reserva (ACR), que funcionará como uma espécie de um fundo de reservas para os Brics, a exemplo do Fundo Monetário Internacional (FMI). O fundo terá capital inicial de 100 bilhões de dólares. “Esse arranjo terá efeito positivo em termos de precaução, ajudará países a contrapor-se a pressões por liquidez de curto prazo, promoverá maior cooperação entre os Brics, fortalecerá a rede de segurança financeira mundial e complementará arranjos internacionais existentes”, informaram os líderes, em comunicado.

    Continua após a publicidade

    Em nota, o Banco Central informou que a China vai fazer o maior aporte ao fundo: US$ 41 bilhões. Já Brasil, Índia e Rússia investirão US$ 18 bilhões cada um, enquanto a África do Sul destinará US$ 5 bilhões. A liberação dos recursos se dará por meio de operações de swap, que consiste na venda de moeda no mercado futuro. O BC explicou que o país solicitante receberá dólares, mas, em contrapartida, fornecerá contratos em sua própria moeda aos países contribuintes. Para a criação do mecanismo e a concretização dos aportes do Brasil, será necessária a aprovação do Congresso Nacional.

    Ainda segundo o BC, os países membros não utilizarão suas reservas internacionais para capitalizar o fundo. Além disso, grandes saques só poderão ser feitos se o solicitante mantiver um programa de apoio financeiro com o FMI. Caso contrário, o requerente poderá sacar o máximo de 30% do valor solicitado.

    Publicidade

    O valor máximo de saque será determinado por multiplicador aplicado ao compromisso de cada país: a China terá multiplicador igual a meio, o que permitirá o saque de metade dos seus compromissos (US$ 20,5 bilhões); Brasil, Índia e Rússia terão multiplicador igual a um, podendo sacar montante equivalente a seus compromissos individuais (US$ 18 bilhões); e África do Sul terá multiplicador igual a dois, podendo sacar o dobro de seu compromisso (US$ 10 bilhões).

    Continua após a publicidade

    A ideia de criar o banco de desenvolvimento e um fundo de reservas é discutida há dois anos, depois de uma tentativa fracassada dos Brics de elevar seu poder de decisão no FMI. Os países alegam que a participação que possuem no Fundo não é proporcional ao peso de suas economias no cenário global.

    Publicidade

    Acordos
    Foram assinados quatro acordos comerciais. Além do NBD e do ACR, os países assinaram um acordo entre os bancos de desenvolvimento dos cinco países e entre as agências garantidoras de crédito para exportação.

    O Acordo Multilateral de Cooperação dos Brics sobre Inovação foi firmado entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES) e os bancos dos outros quatro países. O objetivo é apoiar projetos e iniciativas que promovam investimentos em inovação tecnológica, com ênfase em infraestrutura e energia sustentável, e inovação de processos e produtos em diversas áreas da indústria, de serviços e do agronegócio.

    Continua após a publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.