A balança comercial brasileira registrou superávit de 4,43 bilhões de dólares em março, o maior para esse mês desde 1989, divulgou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta sexta-feira. O resultado foi melhor que o esperado por economistas. Em pesquisa da agência Reuters, analistas estimavam que o saldo no mês ficaria positivo em 3,9 bilhões de dólares.
Com isso, o saldo comercial do país ficou positivo em 8,39 bilhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, melhor desempenho para o período desde 2007, quando o superávit foi de 8,7 bilhões de dólares. Há um ano a balança comercial tem ficado no azul, em grande parte devido à recessão e à alta do dólar, que fazem as importações a caírem em ritmo mais acentuado que as exportações.
A dinâmica se repetiu no mês passado, quando as importações somaram 11,55 bilhões de dólares, queda de 30% sobre março de 2015, pela média diária. As vendas externas, por sua vez, ficaram em 15,99 bilhões de dólares, recuo de 5,8% na mesma base de comparação.
Em março, as importações caíram em todas as categorias, com destaque para combustíveis e lubrificantes, com queda de 40,8% ante igual mês do ano passado, principalmente em função de preços menores de gás natural, carvão, petróleo em bruto e óleos combustíveis. Também mostraram recuo os bens de consumo (-31%), bens intermediários (-28,3%) e bens de capital (-26,8%).
Após as exportações superarem as importações em 19,7 bilhões de dólares em 2015, o Banco Central melhorou a projeção de superávit comercial neste ano, a 40 bilhões de dólares, frente a 30 bilhões de dólares.
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(Com Reuters)