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Atuação do BC e ata do Fed não conseguem conter alta do dólar

Moeda fechou a sessão cotada a 2,27 reais, com alta de 0,27%

Por Da Redação
10 jul 2013, 17h35
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  • O Banco Central voltou ao mercado nesta quarta-feira, mas a atuação passou praticamente em branco. No início da tarde, tanto o anúncio quanto o resultado de um leilão pelo BC tiveram pouca influência nas cotações. Por sua vez, a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), às 15 horas, fez o dólar perder força no exterior, mesmo que momentaneamente, o que influenciou a desaceleração dos ganhos também no Brasil. Ainda assim, o dólar fechou em alta de 0,27% no balcão, cotado a 2,270 reais. No ano, a moeda acumula elevação de 11%.

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    Na mínima, na abertura dos negócios, o dólar valeu 2,2620 reais (-0,09%) e, na máxima, às 14h35, marcou 2,2770 reais (+0,57%). A moeda atingiu a maior cotação do dia após o BC anunciar um leilão de swap – equivalente à venda de moeda no mercado futuro e que, em tese, teria o efeito de amenizar o avanço da divisa dos EUA. Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de 1,336 bilhão de dólares. No mercado futuro, o dólar para agosto era cotado a 2,2805 reais, em alta de 0,20%.

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    Pela manhã, após abrir em leve queda, o dólar passou a subir, em sintonia com a virada para o território positivo da moeda norte-americana no exterior. Às 14h25, a autoridade resolveu atuar por meio de leilão de até 30 mil contratos de swap cambial com vencimento em 2/12/2013 e 2/1/2014.

    Geralmente, quando o BC anuncia leilões deste tipo, o dólar reage em baixa tanto no mercado futuro quanto no à vista. Desta vez, isso não aconteceu. Ao contrário, a moeda no balcão renovou a máxima do dia. “Parecia até que o Banco Central estava fazendo um leilão de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólares no mercado futuro), e não de swap cambial tradicional”, comentou um profissional. “O mercado não reagiu ao anúncio do leilão, o que é incomum, e a moeda continuou em alta”, acrescentou.

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    No leilão, o BC vendeu 1,476 bilhão em contratos de swap cambial. “Ao que parece, o mercado estava precisando de dólares (no mercado futuro) mesmo, porque a cotação não reagiu com o anúncio e com o leilão”, comentou outro profissional da mesa de câmbio de um grande banco. “O que a gente conclui é que estes leilões têm servido apenas para manter o dólar no patamar em que está, sem deprimir a moeda americana. Isso ocorre porque o mercado sabe que, em função da própria condição da economia dos EUA, por mais que o BC tente frear a alta, a valorização é irreversível”, comentou Ricardo Gomes da Silva, superintendente de câmbio da Correparti Corretora.

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    O efeito que a atuação do BC brasileiro não atingiu – de desacelerar a alta do dólar ante o real -, a ata do Fed conseguiu. No documento, o Fed mostrou que, mesmo com um consenso em torno da necessidade de começar a retirar estímulos em breve, muitos diretores querem mais garantias de que a recuperação do mercado de trabalho está sólida. Cerca de metade dos membros do comitê, conforme a ata, queria que a compra de títulos terminasse no fim do ano, enquanto os outros desejavam que continuasse em 2014.

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    A indefinição sobre quando começará a retirada dos estímulos do Fed à economia dos EUA fez o dólar perder força ante o euro, o iene e várias divisas com elevada correlação com commodities. No Brasil, o dólar também desacelerou no mercado à vista e a moeda para agosto chegou a se reaproximar da estabilidade. Posteriormente, a moeda voltou a recuperar terreno.

    (Com Estadão Conteúdo)

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