Assine VEJA por R$2,00/semana
Reinaldo Azevedo Por Blog Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Ajuste fiscal e inflação alta complicam pacote habitacional do governo

Na VEJA.com: O governo tem a intenção de anunciar um pacote de medidas para solucionar o problema da falta de recursos para os financiamentos imobiliários. No entanto, ainda precisa determinar o tamanho exato dos mecanismos para não comprometer a campanha de ajuste fiscal empreendida pelo governo para reequilibrar as contas públicas e o combate à […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 01h23 - Publicado em 15 Maio 2015, 16h03
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Na VEJA.com:
    O governo tem a intenção de anunciar um pacote de medidas para solucionar o problema da falta de recursos para os financiamentos imobiliários. No entanto, ainda precisa determinar o tamanho exato dos mecanismos para não comprometer a campanha de ajuste fiscal empreendida pelo governo para reequilibrar as contas públicas e o combate à inflação.

    O mais provável é que sejam adotadas ações propostas tanto pelo Banco Central como pela Caixa, a principal prejudicada com os saques recordes da poupança. A Caixa ficou praticamente sem recursos para financiar a compra de imóveis avaliados em até 750.000 reais. “Esse conjunto de medidas – porque não basta apenas uma – é importante para mantermos o crédito imobiliário no país. Isso vai ser muito proximamente resolvido”, disse a presidente da Caixa, Miriam Belchior.

    Publicidade

    O BC sugeriu liberar uma parte dos 20% dos recursos da poupança que os bancos são obrigados a deixar na instituição (chamados de depósitos compulsórios), desde que os bancos usem esse dinheiro para conceder financiamentos a casas populares.

    Publicidade

    Essa prerrogativa, que já foi adotada para o setor automobilístico, é importante para não aquecer a economia como um todo e dificultar o combate à inflação. Mas não há possibilidade, segundo fontes ouvidas pela reportagem, de o BC liberar os 44,3 bilhões de reais de compulsórios como as construtoras pediram.

    Ao mesmo tempo, o BC deve apertar a fiscalização para que os bancos apliquem realmente os 65% dos depósitos das cadernetas nos financiamentos de casas próprias. Isso porque as instituições conseguem burlar essa regra com o uso de títulos e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Na prática, o dinheiro da poupança, que era para ser usado na construção de casas, também financia imóveis comerciais.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Se os bancos privados, que ainda têm “gordura” para queimar, não quiserem seguir a nova flexibilização, eles podem ceder esses recursos mais “baratos” para os bancos menores, que assumiriam os riscos dos empréstimos.

    Já a Caixa trabalha para que o conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) libere uma parte maior do orçamento para esses financiamentos. Isso faria com que se pudesse ampliar o valor dos imóveis que podem ser financiados pelo fundo e cobrar taxas menores. Hoje, o limite é de 190.000 reais para imóveis nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio e no Distrito Federal.

    Publicidade

    A ideia é ampliar para financiamentos de até 300.000 reais a 400.000 reais. A preocupação é que esse dinheiro não pode ser usado para financiar imóveis muito caros, o que seria uma distorção na função de distribuição de renda do FGTS.

    Em meio à contenção dos gastos e sem poder fazer novos aportes no banco estatal, não restou alternativa ao governo a não ser recorrer ao FGTS. Dessa forma também se evita o “patrimonialismo” de subsidiar um setor com dinheiro público, recorrentemente criticado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

    Publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.