‘The Voice Brasil’: em noite fraca, teve até puxão de orelha
Claudia Leitte deixou candidatos transformarem a bossa nova de João Gilberto em um pagode, foi criticada por Lulu Santos e levantou debate entre os demais
Por Pollyane Lima e Silva
22 nov 2013, 06h34
No dia mais fraco de batalhas do The Voice Brasil, sobrou até para João Gilberto. Quando Claudia Leitte colocou os dois pagodeiros de seu time para cantar Adeus, América – e ambos admitiram nunca ter ouvido sequer o nome da canção -, algo parecia fadado a dar errado. E deu. Para superar o nítido desconforto, Maylssonn e Xandy Monteiro optaram por interpretar do seu jeito. Aí a batalha foi de firulas ou, como bem definiu Lulu Santos, “excesso de exibicionismo”. Aquela fusão entre o R&B americano e o pagode, que o técnico carioca tanto tinha elogiado nas audições dos dois candidatos, exagerou na dose. Durante toda a apresentação, ele não fez qualquer esforço para disfarçar sua cara de reprovação. E, ao fim do duelo, não poupou críticas às suas queridas Claudia e Maria Gadú – que, como auxiliar, tem a função de coordenar os ensaios.
“Eu achei que teve um pouco de excesso de trejeitos vocais e falta de respeito à canção original”, disparou, dando início a uma discussão controversa, que dividiu tutores e assistentes. “Concordo quando Lulu diz que a grande característica da música brasileira é a melodia e não o exercício vocal imposto pela cultura americana”, disse Carlinhos Brown. “Rolou um ‘ieeee’ demais, mas rolou uma brasilidade também, que me agradou”, amenizou Rogério Flausino. Tiago Leifert, então, foi buscar um pouco de consolo nos comentários de Daniel e Luiza Possi. “Estamos precisando de carinho”, pediu. E o sertanejo fez o que se espera de seu papel de “príncipe”: foi gentil com a colega ao deixar as questões técnicas de lado e ressaltar apenas o talento dos concorrentes. “O fato é que os dois cantam para caramba. Vocês deram o seu recado”, comentou.
Ouça, abaixo, a versão original de Adeus, América, por João Gilberto.
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Claudia, então, filosofou sobre os benefícios da globalização para justificar a escolha da versão estrangeira justamente em uma música chamada Adeus, América. “O arranjo foi genuinamente brasileiro, e foi lindo. A interpretação era deles. Misturar é bom.” Lulu apenas suspirou de saudade do rei da bossa nova: “Que falta faz João Gilberto”. A técnica rebateu: “Você não precisa ser João Gilberto. A música é dele, mas o sentimento é seu”. Fim de papo, e vitória para Maylssonn. Mesmo que os outros quisessem, Xandy não poderia ser salvo pelo Peguei, porque a esta altura, as três vagas extras de cada time já estavam completas. Foi eliminado, assim como Janaina Cruz, que também não pode contar com a repescagem depois de perder a batalha para Débora Cidrack, cantando Titanium, a segunda dupla da equipe de Claudia. Dueto este que ajudou a redimir a tutora.
Peguei! – Ela, Brown e Daniel começaram o programa desta quinta podendo recuperar só um cantor cada com o Peguei. Lulu já havia preenchido todas as vozes na semana passada e não podia salvar mais ninguém. Não que tivesse alguém verdadeiramente irresistível neste último dia de batalhas. Talvez só Rafael Furtado, mas que era do time do carioca. Ele enfrentou Nando Motta em uma versão ousada – essa sim, bem-sucedida – de Eleanor Rigby, dos Beatles. Perdeu, e foi salvo por Brown. Esta etapa, aliás, tem sido especial para o baiano levar mais qualidade a sua equipe, que saiu das audições aparentando ser a mais fraca. Agora, ele tem ainda Bruna Barreto e Rodrigo Castellani – dois dos concorrentes mais disputados até aqui. “Não entendi como Lulu dispensou Rafael. Agora, ele está no meu time e é um grande candidato para a final”, esnobou o técnico vencedor da primeira edição.
Para não perder o costume, Lulu viu ainda outra de suas cantoras mudar de time. Nas três fases de batalhas, ele só perdeu uma candidata – todos os outros foram resgatados, o que infla sua hashtag #DreamTeamLulu. Júlia Tazzi foi parar nos braços de Claudia depois do duelo com Rully Anne em Girl on Fire. Daniel foi o que mais teve vozes eliminadas: cinco. Duas delas se foram nesta quinta. Swellen Pimentel foi pior na disputa com Rubens Daniel em Segundo Sol, e Kaio Deodato não conseguiu superar o gingado de Alessandra Crispin em Aquele Abraço. Claudia e Brown se despediram de três concorrentes cada nesta segunda etapa. O baiano escolheu Angelo e Ângel, que sensualizaram ao som de Vidro Fumê, mas Daniel resgatou o adversário da dupla, Herli Dias. No dueto entre Elias Moreira e Nene Oliveira, porém, foi preciso abrir mão dele, que saiu eliminado após cantar uma junção de One, do U2, com Isn’t She Lovely, de Stevie Wonder.
Assim encerram-se as batalhas. A partir da próxima semana, abrem-se as portas do The Voice Brasil para a participação do público. No Tira-Teima, fase inédita nesta temporada, os candidatos se apresentam em trios, ao vivo, e o público terá a missão de salvar dois, que voltam às mãos do técnico, de onde sai apenas um. Das nove vozes que cada equipe tem agora, somente três seguem para a fase final. É agora que o talento na voz começa a andar de mãos dadas com a popularidade.
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