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Política e ateísmo costuram cinebiografia de papa Francisco

Filme 'Papa Francisco, Conquistando Corações' acompanha a história de Jorge Mario Bergoglio até o cargo máximo da Igreja Católica

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 mar 2017, 08h30

Em 2005, o argentino Jorge Mario Bergoglio, agora conhecido como papa Francisco, já era um nome forte para assumir o principal cargo da Igreja Católica. O secreto conclave daquele ano emanava uma tênue divisão entre os líderes religiosos. O alemão Joseph Ratzinger representava o lado conservador em confronto com o jesuíta de Buenos Aires, de ideias reformistas. Na primeira votação, Ratzinger não alcançou eleitores suficientes. Bergoglio ficou em segundo lugar. Apenas na quarta rodada de votos o alemão superou o argentino e conquistou o cargo – que viria a abandonar em 2013. A trama interna se manteve sigilosa e poucos imaginavam que Bergoglio poderia ser papa na ocasião seguinte.

Quem antecipou a possibilidade do primeiro papa latino-americano foi a repórter do jornal La Nación Elisabetta Piqué. A italiana, contudo, era suspeita. Após uma entrevista em 2001, ela ficou amiga de Bergoglio. A amizade e os entraves políticos foram tema de seu livro Papa Francisco: Vida e Revolução (Leya), inspiração do filme que chegou nesta quinta-feira ao Brasil, Papa Francisco, Conquistando Corações.

Na trama, Elisabetta se torna Ana (Silvia Abascal), que acompanha a vida do então padre Jorge (Darío Grandinetti) em sequências de entrevistas e, por fim, conversas camaradas. Dirigido pelo espanhol Beda Docampo Feijóo, o longa pincela o início da trajetória do pontífice, sua adolescência, a primeira namorada e a decisão de seguir a vocação religiosa. O controverso período da ditadura militar argentina é, assim como o conclave, observado pela ótica política. Histórias que comprometeriam a posição de Bergoglio no período teriam sido usadas para denegrir a imagem do eclesiástico. É o que defendem os apoiadores do papa – e o filme.

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Ana (Silvia Abascal) e padre Jorge (Darío Grandinetti) no filme 'Papa Francisco, Conquistando Corações'
Ana (Silvia Abascal) e padre Jorge (Darío Grandinetti) no filme ‘Papa Francisco, Conquistando Corações’ (Divulgação/Divulgação)

A relação do padre e da jornalista dá liga à produção. Ela, uma jovem ateia que pensa em fazer um aborto, se aproxima de Bergoglio e troca confidências com eles. As ideias religiosas de Ana não mudam. Um acerto do filme que flerta com moderação em comparação com produções do chamado filão da fé — subgênero de filmes em que crenças são totalmente transformadas a partir de um encontro espiritual marcante. Não é o que acontece aqui. A dupla de protagonistas costura uma amizade equilibrada, com influências mútuas e um final singelo, que promete agradar aos fãs do papa pop.

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