No Rock in Rio, o Big Brother está de olho em você
Equipe de 200 pessoas monitora o público para criar ações que viralizam nas redes sociais
Mineiro de Governador Valaderes, Gustavo Fiuzza foi uma das primeiras sensações dessa edição do Rock in Rio. O moço subiu ao palco durante o show de Bebe Rexha com uma roupa toda estampada com fotos da cantora. E claro, viralizou.
Mas sua história não aconteceu por acaso. O público nem imagina, mas atrás dos palcos, um frenético centro de comando com 200 pessoas escaneia, em tempo real, tudo que acontece e é falado na Cidade do Rock.
Chamado de Now, esse Big Brother conta com equipes que se dividem em filtrar o burburinho das redes sociais, criar assuntos e memes que vão viralizar em poucas horas e pescar o que há de mais interessante no festival.
Gustavo foi descoberto por eles assim que chegou, ainda na grade. A roupa diferentona e o discurso empolgado lhe renderam posts nas redes sociais do Rock in Rio nas primeiras horas da noite.
Ao chamar atenção das redes, sua fama se espalhou, e ele acabou indo parar no show de sua ídola. E essa máquina de produzir assunto tem resultados colossais.
Só no último festival, em 2017, o conteúdo feito nesse bunker e distribuído pelo Twitter, Facebook, Instagram, Youtube e Pinterest teve 56 milhões de interações com os seguidores.
Essa conversa, é claro, tem como objetivo principal faturar. Tanto que a Heineken e a Natura mantém equipes de plantão ali para impulsionar as marcas. Na máquina de fazer dinheiro que se tornou o Rock in Rio, a música é só um dos fatores da complexa equação.