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Musicais da Broadway voltam aos palcos em noite otimista

'Hamilton', 'O Rei Leão', 'Wicked' e 'Chicago' reabriram as portas no popular reduto teatral em Nova York, com presenças ilustres e clima de festa

Por Amanda Capuano Atualizado em 15 set 2021, 12h59 - Publicado em 15 set 2021, 12h50
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  • Um ano e meio depois de fechar as cortinas pela última vez, os shows mais badalados da Broadway voltaram a receber o público nesta terça-feira, 14, em um retorno marcado por salva de palmas eufóricas e otimismo em relação ao futuro. A noite trouxe de volta aos palcos os sucessos Wicked, O Rei Leão, Hamilton e Chicago, além do novo espetáculo Lackawanna Blues, e contou com a presença de veteranos como Kristin Chenoweth, que deu vida à Glinda — a bruxa boa — na apresentação original de Wicked, em 2003.

    Usando saltos altos com lantejoulas vermelhas, Chenoweth bateu os calcanhares três vezes e se dirigiu à multidão com a famosa frase de Mágico de Oz: “Não há lugar como o nosso lar,” arrancando dos presentes uma salva de palmas barulhenta. No Richard Rodgers Theatre, horas antes da abertura de Hamilton, o criador Lin-Manuel Miranda surpreendeu o público que aguardava a abertura dos portões do lado de fora ao aparecer com um megafone para entoar trechos de canções do musical.

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    Kristin Chenoweth durante retorno de Wicked na Broadway, no dia 14 de setembro de 2021 (Bruce Glikas/Getty Images)
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    Casa cheia durante retorno de Wicked na Broadway, no dia 14 de setembro de 2021 (Bruce Glikas/Getty Images)

    Na semana anterior ao fechamento da Broadway, Hamilton arrecadou 2,7 milhões de dólares com uma audiência de mais de 10.700 pessoas, ocupando o posto de maior bilheteria da indústria quando a pandemia se instaurou no mundo e forçou todo o complexo a apagar as luzes indefinidamente. “Nunca mais quero tomar o teatro ao vivo como algo garantido”, disse Miranda durante o discurso de abertura do espetáculo, enquanto era ovacionado pelo público.

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    Em O Rei Leão, o discurso pré-show ficou sob a responsabilidade da diretora Julie Taymor, que aproveitou o momento para agradecer a coragem dos presentes e relembrar a importância da Broadway para a cidade. “Quero aplaudir este público por estar aqui. Vocês têm o desejo, o entusiasmo e a coragem para liderar o caminho. Porque, como sabemos, o teatro em Nova York é a força vital e a alma da cidade.”

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    Elenco de “Hamilton”, “Lion King”, “Wicked” e “Chicago” performaram “New York, New York” antes de reabertura dos shows (Bruce Glikas/Getty Images)
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    Lin-Manuel Miranda em evento antes da reabertura de Hamilton (Bruce Glikas/Getty Images)
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    No retorno de O Rei Leão, crianças se divertiram com a família (Jenny Anderson/Getty Images)

    Mais do que o espírito novaiorquino, a Broadway é, também, um dos grandes pilares da economia da cidade, que recebe anualmente uma multidão de turistas interessados nos espetáculos teatrais. Antes da pandemia, a Broadway injetou nos cofres da cidade cerca de 14,7 bilhões de dólares, que foram praticamente limados pelo fechamento no ano passado, causando demissões em massa entre artistas e prejuízos em setores secundários, ligados ao turismo.

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    Em abril, o teatro St. James Theatre foi o primeiro a reabrir as portas com uma apresentação de Nathan Lane e Savion Glover, vencedores do Tony Awards, o “Oscar” do teatro. O espetáculo deu início a um programa de testes para determinar modelos para o retorno. Já em julho, o musical biográfico do roqueiro Bruce Springsteen foi o primeiro do gênero a retornar aos palcos da Broadway desde o fechamento no início de março de 2020. Agora, com o retorno dos shows mais populares, a esperança é que o futuro seja mais brilhante para o setor, que busca se adaptar aos novos protocolos, que incluem o uso de máscaras e vacinação obrigatória.

    Segundo a Variety, até o fim do mês, oito produções estão agendadas para voltarem aos palcos, seguidas por mais doze em outubro e seis em novembro. Ainda há certa preocupação com a variante Delta e a resistência à vacinação, que tem feito os números de casos voltarem a subir no país, mas o clima parece ser de otimismo.

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