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![O artista alemão Gustav Metzger veste uma máscara de gás enquanto pinta cortinas de nylon com ácido clorídrico, fazendo com que se desintegram, em 1961 O artista alemão Gustav Metzger veste uma máscara de gás enquanto pinta cortinas de nylon com ácido clorídrico, fazendo com que se desintegram, em 1961](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/gustav-metzger-19610703-088.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O artista alemão Gustav Metzger veste uma máscara de gás enquanto pinta cortinas de nylon com ácido clorídrico, fazendo com que se desintegram, em 1961 O artista alemão Gustav Metzger veste uma máscara de gás enquanto pinta cortinas de nylon com ácido clorídrico, fazendo com que se desintegram, em 1961](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/03/gustav-metzger-19610703-087.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
Pioneiro da arte auto-destrutiva, com a qual passou a vida provocando e emocionando fãs de artes plásticas pelo mundo, o alemão Gustav Metzger morreu aos 90 anos em sua casa, em Londres, segundo o site do jornal britânico The Guardian. Metzger, que incorporava materiais diversos em suas obras, como sacos de lixo, inspirou artistas de diferentes campos, como Pete Townshend, do The Who, e sua “guitarra suja”. O alemão dizia que o teor destrutivo de sua arte era uma resposta à infância que teve, à experiência de crescer na Alemanha nazista.
Gustav Metzger nasceu em Nuremberg, em 1926, em uma família de judeus poloneses. Mudou-se para o Reino Unido aos 13 anos, com o irmão, no início da Segunda Guerra Mundial, que vitimaria grande parte da sua família, incluindo seus pais. Estudou arte em Cambridge, Londres, Antuérpia e Oxford e, no final dos anos 1950, se envolveu nos movimentos anti-capitalistas e anti-consumistas, assim como com a Campanha para o Desarmamento Nuclear.
O ativismo político foi a motivação para o manifesto de arte auto-destrutiva, lançado por ele em 1959. Tratava-se, segundo ele, de “uma desesperada arma de subversão política de última hora… um ataque ao sistema capitalista, um ataque também aos negociantes de arte e colecionadores que trabalhavam com arte em busca de lucro”.
Apesar das intenções claras, suas obras nem sempre eram bem compreendidas. Em 2004, durante uma exposição na Tate Britain, um saco de lixo que fazia parte da instalação foi jogado fora por um faxineiro da galeria.