O vice-premier da Polônia, Jaroslaw Gowin, usou as redes sociais para pedir à Netflix que remova o já controverso especial de Natal do Porta dos Fundos, A Primeira Tentação de Cristo, da plataforma. O filme de 46 minutos tem revoltado religiosos no Brasil desde que foi lançado em dezembro de 2019 — culminando no ataque contra a sede da produtora dos comediantes.
Em seu perfil no Twitter, o político polonês de direita cita o CEO e cofundador da Netflix, Reed Hastings, e anexa uma petição online do país, que soma mais de 1,4 milhão de assinaturas, pedindo a retirada do filme do streaming.
O texto do abaixo-assinado diz que “a série de comédia do grupo brasileiro Porta dos Fundos, que retrata Jesus Cristo como homossexual, apóstolos como alcoólatras e a Virgem Maria como mulher promíscua, é um escândalo inimaginável” e que o vídeo “visa atacar cristãos e o cristianismo com um único objetivo: a blasfêmia.”
A trama do especial satiriza uma parte específica da Bíblia (Evangelho de Lucas 4,1-13). O início do ministério de Jesus, quando ele se recolhe em jejum de 40 dias no deserto e é tentado por Satanás. No Brasil, o especial também motivou diversos abaixo-assinados — alguns chegaram a marca de 1 milhão de assinaturas.
No vídeo, Jesus, interpretado por Gregório Duvivier, leva para casa um amigo esquisito, interpretado por Fábio Porchat, com quem vive um romance gay espantando José, Maria, os reis magos e até Deus. A sátira já traz na sinopse que é “um especial de Natal tão errado que só podia ser do Porta dos Fundos”.