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Porta dos Fundos: especial de Natal da Netflix revolta grupos religiosos

O enredo do filme 'A Primeira Tentação de Cristo' satiriza o retorno de Jesus após 40 dias de jejum no deserto

Por Da Redação
Atualizado em 25 mar 2021, 16h15 - Publicado em 10 dez 2019, 16h26

Mais uma vez, o especial de natal do Porta dos Fundos revolta grupos religiosos, principalmente evangélicos. O vídeo deste ano, que tem 46 minutos e estreou na Netflix na semana passada, chama A Primeira Tentação de Cristo. O enredo se passa no aniversário de 30 anos de Jesus e satiriza seu retorno após 40 dias de jejum no deserto.

No vídeo, Jesus, interpretado por Gregório Duvivier, leva para casa um amigo esquisito, interpretado por Fábio Porchat, com quem vive um romance gay espantando José, Maria, os reis magos e até de Deus. A sátira já traz na sinopse que é “um especial de Natal tão errado que só podia ser do Porta dos Fundos”. Mas o aviso não foi suficiente para apaziguar conservadores, que deram partida às críticas quase imediatamente após a estreia do filme.

As principais manifestações partiram da Coalizão pelo Evangelho, grupo que reúne representantes de dezenas de igrejas pelo Brasil; do deputado federal Marco Feliciano, um dos expoentes da bancada evangélica e do ator Carlos Vereza, conhecido por suas posições de direita.

A Coalizão pelo Evangelho publicou pelo menos dois artigos em seu site criticando a obra. Em um deles, o pastor da Igreja Presbiteriana do Bairro Imperial no Rio de Janeiro, Joel Theodoro, diz por que cancelou sua assinatura da plataforma após a publicação do vídeo: “Manter-me na qualidade de um patrocinador de produções cinematográficas que zombam e vilipendiam o Senhor é o mesmo que esbofeteá-lo, cuspir nele, bater em sua cabeça para lhe enterrar os espinhos da coroa, zombar com deboches, forçá-lo a andar nu pelas ruas carregando o grande peso do madeiro, furá-lo ao lado com uma lança, gritar para que ele desça da cruz se for capaz.”

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No Twitter, o deputado federal Marco Feliciano, publicou: “Cristãos e não cristãos me cobram atuação contra os irresponsáveis do Porta dos Fundos. Em anos anteriores já os processei, mas a “Justiça” diz q é liberdade de expressão. Está na hora de uma ação conjunta das igrejas e pessoas de bem para dar um basta nisso. Unidos somos fortes!”

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Já o ator Carlos Vereza, se pronunciou o Facebook. Um trecho do texto diz: “Porta dos Fundos. Vocês são lamentáveis como viventes. Embora Jesus não precise de defesa, principalmente a minha, vocês imaginam que podem debochar, não do Mestre, que é perdão antecipado, mas do maior país católico do planeta e dos que creem num Ser que modificou a história, antes e depois Dele. Vocês são safos, descolados, sub imitação dos filmes trash- refuse-pornô, supostos pós-modernos num país em eterno subdesenvolvimento.”

 

Há ainda uma petição online no site Change.org que pede que a Netflix retire a série de seu acervo por “ofender gravemente os cristãos”. O documento já conta com 300.000 assinaturas. Essa não é a primeira vez que o Porta dos Fundos é criticado por vídeos de sátiras religiosas. Mas também, há quem aprecie o humor ácido. O especial de Natal de 2018, que ironizava a Santa Ceia, acabou de levar o Emmy Internacional.

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