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Entenda o que é endometriose, a doença que levará Anitta à cirurgia

Condição acomete cerca de 180 milhões de pessoas no mundo e pode gerar dores incapacitantes

Por Amanda Capuano Atualizado em 12 jul 2022, 21h46 - Publicado em 8 jul 2022, 11h10

Na noite dessa quinta-feira, 7, Anitta publicou um longo desabafo no Twitter em que relata ter sido diagnosticada com endometriose após quase uma década sofrendo com dores e julgamentos. No relato, a cantora explica que sente dores incapacitantes um ou dois dias após algumas relações sexuais, ficando inclusive sem andar. “A dor é tão ruim que você quer fazer de tudo para que isso passe.”, contou em um dos tuítes. Mas afinal, o que é endometriose?

Diagnosticada em Anitta por meio de uma ressonância magnética, a doença afeta uma em cada dez mulheres brasileiras, segundo estimativa do Ministério da Saúde. No mundo, são cerca de 180 milhões de pessoas com a condição, que se manifesta quando as células do tecido que recobre o útero, chamado de endométrio (daí o nome), se proliferam em outras partes do corpo, geralmente na região pélvica, como ovários, trompas e bexiga. Os sintomas são diversos, e podem afetar drasticamente a qualidade de vida, indo de cólicas severas e alterações no fluxo menstrual a desconforto ao urinar e nas relação sexuais.

No caso de Anitta, a dor costuma aparecer entre 24  a 48 horas após o sexo, e era descrita como uma cistite de repetição — infecção comumente causada pela bactéria Escherichia Coli, presente no intestino. Sofrendo com os sintomas, a cantora comentou sobre o caso com uma médica recentemente, enquanto acompanhava o pai no hospital. “Ela fez meu milionésimo exame e pela milionésima vez… não tem bactéria. Nunca teve em nenhum dos exames”, relata. A doutora, então, pediu uma ressonância que constatou a endometriose.

Diagnosticada geralmente entre os 25 e 35 anos, a condição pode se iniciar precocemente, junto às primeiras menstruações. Com graus variados, ela pode se manifestar de maneira superficial, ou avançar profundamente, com focos e aderências nos órgãos da pelve. Muitas vezes negligenciada como uma “simples cólica”, o diagnóstico, não raro, acontece com anos de atraso.

O tratamento varia de acordo com a gravidade. Nos casos mais leves, é feito de maneira clínica, com o uso de  anticoncepcionais, analgésicos, e DIU (dispositivo intrauterino) hormonal. Já para Anitta, o tratamento indicado foi cirúrgico, mas o procedimento costuma ser simples: é feita uma videolaparoscopia, que consiste na retirada dos focos de tecido endometrial através de pequenos buraquinhos no abdômen. Nos caos mais graves, porém, pode ser necessário a retirada de órgãos como os ovários ou até mesmo o útero, comprometendo a fertilidade.

Com o diagnóstico em mãos e o tratamento encaminhado, Anitta aproveitou para alertar para a desinformação sobre a doença. Segundo ela, quando relatou o caso há algum tempo em uma entrevista, uma série de artigos surgiram com dicas sobre como evitar a “infecção urinária de Anitta”. “Falta de higiene? Não. Falta de preservativo? Não. Falta de água? Não. Falta de pesquisar a fundo todas as variáveis que cada corpo pode responder a uma anomalia? Sim”, escreveu em um dos tuítes, antes de pedir aos seguidores que se informem adequadamente.

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