Vivendo há 13 anos sob tutela total, a cantora Britney Spears, de 39 anos, foi autorizada nesta quarta-feira, 14, a exercer o que deveria ser um direito básico: escolher o próprio advogado. A decisão da juíza Brenda Penny pode ser considerada uma vitória para a artista, já que em todas as outras decisões recentes da Justiça, a cantora teve seus pedidos negados. Agora, Britney poderá contratar o advogado Mathew S. Rosengart, antigo promotor federal, bastante conhecido em Hollywood. Segundo o jornal The New York Times, ele deverá adotar agora uma postura mais agressiva pelo fim da tutela.
Nas últimas semanas, o antigo advogado da cantora, Samuel Ingham III, e o empresário, Larry Rudolph, ambos criticados por Britney, pediram demissão, num aparente desmonte da estrutura em torno da tutela da cantora. As saídas deles aconteceram semanas após o depoimento dado por Britney à Justiça, em que ela chamou a tutela de abusiva.
No depoimento, a cantora afirmou que o regime a que foi submetida era análogo à escravidão, permitindo há anos que o seu pai tivesse total controle da sua vida particular e também das finanças. A cantora alegou que não conseguiu, inclusive, visitar um médico para a retirada de um diu e que lhe tinha sido negado o direito de ter mais filhos.
Desde que foi submetida ao controle do pai por sua suposta incapacidade, Britney lançou quatro discos, fez turnês e foi jurada de TV. O arranjo, no entanto, foi interrompido em 2020. Desde então, ela tem se recusado a trabalhar enquanto durar a tutela. Ela parou de fazer shows e de gravar novas músicas até que tenha sua autonomia de volta.