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Bilionário de ‘O Sócio’ sobre crise: ‘Lucro não vem antes das pessoas’

Marcus Lemonis recupera empresas à beira da falência no reality do canal History. A VEJA, ele dá dicas a empreendedores para a reabertura em plena pandemia

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 set 2020, 06h00

A pandemia mudou seu jeito de conduzir uma empresa? Muito. Este é um período em que qualquer bom empresário deve reavaliar como lida com seu negócio. O que fez de certo e errado até aqui. Muitos tiveram de recomeçar. As empresas que não possuíam um projeto digital, redes sociais sólidas nem uma rede de e-commerce tiveram de lutar mais, estão atrás do prejuízo.

Em seu programa, o senhor ensina a fórmula dos três Ps: pessoas, processos e produtos, tríade que sustenta um bom negócio. Qual desses é o P que demanda mais atenção agora? Pessoas vêm sempre em primeiro lugar. Sem pessoas não há funcionários nem clientes, logo, não existe uma empresa. Na hora de decidir quais sacrifícios financeiros devem ser feitos, gosto de conversar antes em família. Quer manter a empresa de pé? Sim? Quais cortes faremos em casa primeiro para direcionar o dinheiro para pagar aos funcionários? Para mim, esse é o caminho correto.

O mundo ensaia uma reabertura econômica. Como enxerga esse momento? O lucro nunca vem antes das pessoas. Logo, seus clientes e funcionários têm de estar a salvo. As empresas precisam de regras de distanciamento social e protocolos de higiene. Se for necessário, faça mudanças, como agendar horários para clientes. Os negócios baseados na aglomeração de pessoas, como restaurantes, academias, bares, terão de aceitar que o formato antigo deve ser mudado drasticamente. Um restaurante que tem capacidade para cinquenta pessoas, e ganha 50 000 reais por mês, agora terá trinta lugares. Como obter a mesma receita? Três dicas: renegocie seu aluguel, repense seu modelo de serviço e não aumente seus preços. O desafio agora é ganhar dinheiro fazendo menos.

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Quais são as principais razões que levam uma empresa à falência? São várias, mas neste momento me preocupam o orgulho e o machismo, pensando em empresários homens. Eles não gostam de pedir ajuda, acham que sabem de tudo. Sou libanês, venho de uma cultura de homens que não pedem ajuda para não ferir o ego. Deixe o orgulho de lado. Não é hora para isso. Para proteger sua família e seu negócio, peça ajuda. Nem todas as empresas em que entrei como sócio no programa vão sobreviver. Para ser honesto, elas já estavam indo mal quando o mundo ainda estava bem. Só quem cuidou bem das pessoas, dos clientes, foi organizado com as finanças, apresentou bons processos e um bom produto é que vai sobreviver.

Publicado em VEJA de 30 de setembro de 2020, edição nº 2706

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