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Bens e músicas de James Brown são vendidos por 90 milhões de dólares

Quinze anos após a morte do músico, e após guerra jurídica com herdeiros, espólio do artista conseguiu negociar a herança milionária do cantor

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 dez 2021, 17h29
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  • Show do dançante James Brown, em São Paulo, em 1988. Brown é um dos responsáveis por acelerar o rhythm'n'blues e misturá-lo com o rock, dando origem ao funk, nos anos 1970.
    James Brown, durante uma apresentação em São Paulo, em 1988 - (veja.com/VEJA)

    Morto há 15 anos, James Brown desejava que a maior parte de sua fortuna (imóveis e direitos autorais de suas músicas) fosse usada após sua morte para financiar bolsas de estudos às crianças carentes.  Agora, seu sonho – adiado por brigas na Justiça entre os herdeiros – poderá finalmente sair do papel. Segundo reportagem do jornal The New York Times, a empresa Primary Wave Music, de Nova York, especializada em adquirir catálogos musicais, comprou por estimados 90 milhões de dólares (o valor exato não foi revelado) diversos imóveis do músico, bem como os direitos musicais de boa parte de suas canções – como o indefectível hit Sex Machine -, além de assumir o controle sobre o nome e a imagem de James Brown.

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    Com o dinheiro da venda, o responsável pelo espólio de Brown, representado por Russell L. Bauknight, pretende criar uma bolsa de estudos e honrar o legado do artista. A Primary Wave já havia feito negócio semelhante com a obra de Whitney Houston, e também a de Prince. O CEO da empresa, Larry Mestel, agora dono da obra de James Brown, quer capitalizar criando um musical para a Broadway, programas de televisão e um museu na casa de Brown, nos moldes de Graceland (mansão de Elvis Presley), na Carolina do Sul. O acordo prevê ainda que a Primary Wave terá de investir uma percentagem desses lucros em novas bolsas de estudos para crianças carentes na Carolina do Sul, onde Brown nasceu, e também na Geórgia, onde ele cresceu.

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    O processo judicial durou 15 anos e custou, segundo o The New York Times, milhões de dólares em honorários advocatícios, abrangendo batalhas jurídicas em tribunais estaduais e federais dos Estados Unidos. Parte dessa briga envolveu Tommie Rae Hynie, uma cantora com quem Brown se casou em 2001, mas depois se descobriu que já era casada com outro homem. O casamento foi anulado após a morte do cantor, e depois de ela entrar com um pedido para se tornar herdeira do artista.

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    O negócio da compra e venda de catálogos musicais tem se mostrado uma área altamente competitiva da música. Outras empresas, como a Hipgnosis, que comprou os direitos da música de Neil Young e Fleetwood Mac, bem como grandes conglomerados de música já consolidados, como a Sony/ATV, que comprou o catálogo de Bob Dylan e Paul Simon, e a Warner, que comprou a obra de David Bowie, já movimentaram bilhões de dólares em negócios como esses no último ano.

    As vendas de direitos também são embaladas por cálculos de longo prazo. Na era do consumo de música por streaming, em serviços tão pulverizados, administrar o patrimônio musical tornou-se desafiador para um músico ou para o espólio do artista. Ao repassar a tarefa para terceiros, a grana que entraria na conta dos herdeiros ou do artista muitos anos depois é adiantada e, de quebra, evita-se que seu legado seja prejudicado por barracos judiciais, como esse que ocorreu com James Brown.

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