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Acusado de escândalo sexual do Nobel tem prisão preventiva decretada

Após três dias de julgamento, Jean-Claude Arnault espera decisão do tribunal sobre caso de estupro

Por EFE
24 set 2018, 12h54

Um tribunal de Estocolmo decretou, nesta segunda-feira, a prisão preventiva do artista francês Jean-Claude Arnault, protagonista de um escândalo sexual e estopim da crise na Academia Sueca, instituição que entrega o prêmio Nobel de Literatura.

Arnault, marido da acadêmica e poetisa Katarina Frostenson, é acusado de estuprar em 2011 uma mulher em duas ocasiões, uma delas enquanto dormia. O tribunal decidiu decretar a prisão preventiva do artista a pedido da promotoria, que sugere uma pena de três anos de prisão.

“A situação se agravou, agora corre o risco de uma longa pena de prisão e pode ser tentador para ele viajar para o exterior”, argumentou a promotora, Christina Voigt, ao término do julgamento, realizado na maior parte do tempo a portas fechadas a pedido da denunciante.

O advogado de Arnault, Björn Hurtig, admitiu em declarações à imprensa sueca que o risco de condenação do cliente, que nega as acusações, é “iminente”. Durante o julgamento, que durou três dias, testemunharam sete pessoas às quais a acusadora relatou os fatos, entre elas um psiquiatra. Não há provas técnicas das acusações.

Em novembro do ano passado, dezoito mulheres denunciaram, quase todas de forma anônima, no jornal sueco Dagens Nyheter (DN) uma “personalidade cultural” muito próxima à academia, depois identificada como Jean-Claude Arnault. A reportagem jornalística relatava casos de assédio e abuso que Arnault cometia em seu clube literário e em propriedades da academia.

Após o escândalo, a instituição cortou relações com o artista e iniciou uma auditoria, que concluiu que Arnault não tinha influído em decisões sobre prêmios. O caso levou oito acadêmicos a renunciarem de forma definitiva ou temporária, cargos na instituição, incluindo a secretária vitalícia, Sara Danius. 

A Academia Sueca impulsionou várias reformas e adiou o Nobel de Literatura deste ano, pela primeira vez em 70 anos, o que significa que em 2019 serão entregues dois prêmios, medida justificada pela falta de confiança e o enfraquecimento da instituição.

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