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Pivô do escândalo do Nobel é julgado na Suécia por acusações de estupro

Denúncias contra o francês Jean-Claude Arnault levaram premiação a ser adiada

Por AFP Atualizado em 19 set 2018, 19h50 - Publicado em 19 set 2018, 08h37

O julgamento do francês Jean-Claude Arnault, 72 anos, acusado de dois estupros, começou nesta quarta-feira em um tribunal de Estocolmo. Arnault é casado com Katarina Frostenson, integrante da Academia Sueca que concede desde 1901 o Prêmio Nobel de Literatura. Em meio ao escândalo, a instituição cancelou a entrega do Nobel de Literatura deste ano.

Ao chegar ao tribunal, Arnault não fez declarações. Seu advogado de defesa, Björn Hurtig, disse aos juízes que ele “rejeita as acusações”. Como acontece com os casos de agressão sexual, a Justiça determinou que a audiência aconteça a portas fechadas, sem a presença da imprensa. A acusadora, que não teve a identidade revelada, é representada por Elisabeth Massi Fritz, advogada sueca especializada na defesa das mulheres.

Arnault foi uma personalidade influente do mundo cultural em Estocolmo até o escândalo provocado pelo caso do produtor americano Harvey Weinstein, que deu início ao #MeToo, movimento contra o assédio que desencadeou uma série de denúncias de mulheres.

Um mês depois das acusações, em outubro de 2017, de estupros e abusos sexuais contra o produtor Harvey Weinstein, o jornal Dagens Nyheter (DN) publicou os depoimentos anônimos de dezoito mulheres que afirmaram ter sido agredidas ou assediadas por Jean-Claude Arnault.

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O escândalo provocou um terremoto na Academia, com a qual Arnault mantinha estreitos vínculos artísticos e financeiros, e revelou um bastidor conturbado da instituição fundada em 1786, baseado em conflitos de interesse, jogos de influência e cultura do silêncio.

O caso levou oito acadêmicos a renunciarem de forma definitiva ou temporária, incluindo a secretária vitalícia, Sara Danius. A premiação do Nobel de Literatura de 2018 foi adiada para 2019, quando dois escritores deverão ser anunciados.

Enquanto isso, uma investigação interna demonstrou que várias acadêmicas, ou esposas e filhas de acadêmicos, também sofreram com a “intimidade não desejada” e os comportamentos “inapropriados” do acusado.

Arnault pode ser condenado a de dois a seis anos de prisão.

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