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A região aos pés do Aconcágua que vem produzindo vinhos surpreendentes

Terroir ainda pouco conhecido do Chile, Valle do Aconcágua dá origem a rótulos de grande personalidade, muitos deles encontrados no Brasil

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 jul 2023, 15h02

Algumas regiões do Chile já são conhecidas por produzir vinhos de grande qualidade. É o caso de Peumo, de onde vem os melhores rótulos feitos com a uva Carménère, ou Puente Alto, terroir que produz ícones chilenos. Outros, no entanto, ainda são menos conhecidos, mas também vem dando origem a vinhos de excelente qualidade. É o caso do Valle do Aconcágua, aos pés do pico mais alto do hemisfério Sul.

Localizada 100 quilômetros ao norte da capital, Santiago, a região é banhada pelo rio Aconcágua, que nasce na Cordilheira e desde em direção ao Pacífico. A proximidade com o oceano fornece uma brisa fria, e o solo vulcânico de origem aluvial fornecem as condições para que as uvas amadureçam de forma ideal. Já existem boas vinícolas produzindo no local, como a Errazuriz e a Arboleda.

Ambos são propriedade da família Chadwick, uma das pioneiras em produzir rótulos de qualidade no Chile. A Arboleda, fundada em 1999, é um projeto pessoal de Eduardo Chadwick, membro da quinta geração da família assumir os negócios. Em 2018, Eduardo recebeu o prêmio Decanter Man of the Year, o segundo sul-americano a receber o reconhecimento – o outro é o argentino Ernesto Catena.

Atualmente, a Arboleda tem dois vinhedos no Valle do Aconcágua. A apenas 12 quilômetros da costa, Chilhué tem temperaturas mais amenas. O amadurecimento é lento, mas elegante, e é nesse vinhedo que são cultivadas variedades apropriadas para climas mais frios, como chardonnay, sauvignon blanc e pinot noir. Já Las Vertientes, a 37 quilômetros da costa, é um vale mais quente, adequado para variedades tintas como syrah e carbernet sauvignon, que precisam de temperaturas mais elevadas para atingir a maturação certa.

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O portfólio da vinícola é enxuto. São quatro monovarietais tintos, de carmenere, syrah, cabernet sauvignon e pinot noir, e dois brancos, feitos com chardonnay e sauvignon blanc (R$ 189 cada, no site da importadora). Há ainda o vinho ícone da Arboleda, Brisa, um assemblage de syrah, grenache, cabernet Sauvignon, cabernet franc e mourvedre que passa 22 meses em barricas e foudres de carvalho francês. O resultado é um vinho complexo e muito agradável. Vendido por R$ 382, não é exatamente barato, mas oferece um excelente custo-benefício em comparação com outros rótulos da mesma faixa de preço.

Hoje, o Brasil é um dos cinco principais mercados da Arboleda, junto com Canadá, o principal importador, Coreia e Japão, além do consumo interno no Chile. Por aqui, os rótulos tintos são os preferidos. “Quando começamos a vender no Brasil, achamos que os brancos iam fazer mais sucesso, por conta do clima mais quente”, afirma Francisco Torres, CEO da Arboleda, em visita ao país. “Mas não foi bem assim. As pessoas tendem a começar pelos tintos e só depois provar os brancos”, diz.

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