Entre os caciques do PT, a camisa do Flamengo é diferente
Enviados pelo clube, uniformes que chegam a políticos do partido não estampam o patrocínio da bolsonarista Havan
Quando chegam às mãos de caciques petistas, os mimos enviados pela diretoria do Flamengo – muito afeita a interlocuções políticas no Rio e em Brasília – têm uma ausência simbólica. Nas mangas das camisetas, não se vê o polêmico patrocínio da Havan, a loja de departamento que tem como dono o empresário bolsonarista Luciano Hang, o famoso Véio da Havan.
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No gabinete do flamenguista fanático e presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano, os uniformes rubro-negros se acumulam e preenchem uma bancada inteira. Eles têm na parte da frente o patrocínio do BRB, banco estatal que é hoje a principal parceria do clube, e carregam nas costas o 13 do PT, partido do deputado Ceciliano; Havan, nas mangas, nem pensar.
Camisetas que foram enviadas pela diretoria também chegaram – via Ceciliano – ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, corintiano, e sua noiva, Janja, que é rubro-negra e postou foto com um dos trajes em julho do ano passado. Também sem Havan.
Manto sagrado!!!! Aqui é Mengãoooo!! Terminando o domingo felizona com essa goleada. Valeu, Bruno Henrique. 👏🏼👏🏼👏🏼 pic.twitter.com/O9pZWjmAXw
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) July 25, 2021
A empresa, sabe-se, é uma das principais marcas brasileiras tidas como bolsonaristas. No futebol, além do Flamengo, patrocinou no ano passado o Vasco – que encerrou o contrato para a atual temporada -, o Athletico Paranaense e o nanico Brusque, que leva o nome da cidade de Santa Catarina na qual a Havan foi fundada.