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Danielle Winits sobre ser mãe solo: ‘Até resiliência tem que ter limite’

Atriz fala a VEJA sobre seu novo filme, ‘Os Farofeiros 2’, defende a bandeira do humor e explica como encara a solitude da maternidade

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 mar 2024, 15h15 - Publicado em 11 mar 2024, 09h55

Longe das novelas desde 2016, quando fez Totalmente Demais, Danielle Winits, 50 anos, encara mais uma vez a comédia-pastelão Os Farofeiros 2 nos cinemas. Junto com Marisa Orth e sua inesquecível Magda, de Sai de Baixo, Danielle ajudou a popularizar o estereótipo feminino de personagens louras e bonitas, mas “desprovidas de uma certa inteligência” em vários trabalhos televisivos – principalmente a partir de sua divertida Alicinha, em Corpo Dourado, de 1998. Em participação no programa da coluna VEJA Gente no YouTube, a atriz comenta as batalhas que atravessou e ainda atravessa na carreira para quebrar esses modelos “engessados” e os desafios na maternidade, sendo mãe de Noah, 16, e Guy, 12.

 

‘OS FAROFEIROS 2’. “Agora os ‘farofeiros’ embarcam numa aventura para a Bahia. O filme tem muita ação, está superdivertido. Sou uma fã de toda a equipe que trabalha no filme, todos os atores. Tive a liberdade de poder dar essa tinta para a (personagem) Renata, com uma expectativa diferente do que o público pode imaginar para essa dondoca. No primeiro filme, vi que também poderia ser uma farofeira.”

LADO FAROFEIRA. “Sou totalmente farofeira. Meu lado farofeiro é meu lado moleque, é a criança que não morreu dentro de mim e que eu cultivo. A comédia é uma parte gigantesca dentro da minha carreira. Faço uma analogia a esse espírito infantil que tenho. Renovei o público com esse meu espírito farofeira. Até os amigos do meu filho esperam pelo filme.”

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MÃE SOLO. “Sou uma batalhadora e não só por mim. Falo de um lugar de dor por exercer a solitude da maternidade. É um lugar de dor que tem que atravessar até poder abrir sobre isso. Porque existe uma criança envolvida, não é só sobre mim, é alguém muito mais importante do que eu. Hoje tenho propriedade para falar sobre isso. Existe uma imagem de que nem toda mulher passa por isso e abrir sobre isso na minha vida, com certeza, faz com que outras possam também se abrir. E eu tenho total noção do privilégio que tenho. Um deles é poder falar e dizer que outras mulheres não estão sós, e que juntas somos mais fortes.”

LIÇÃO DE VIDA. “Cada história é uma, é muito difícil falar de uma forma abrangente. Mas acho que esse lugar da condescendência para uma situação que pode ser reparada, que pode ser olhada, revertida, é uma lição que ficou para mim. Por muitos anos fui bastante condescendente com essa situação ‘solo’. Hoje reconheço isso, porque tenho uma rede de apoio fantástica, um companheiro (André Gonçalves, ator) que é um pai para o meu filho. Então falar sobre isso, sobre esse limite é muito importante. Até resiliência tem que ter um limite. Você quer ganhar um busto em praça pública? Um busto é apenas uma imagem, tem que ter ação. Resiliência nesse quesito não é construtiva.”

MULHER NA COMÉDIA. “Me considero uma sobrevivente, precisei, como preciso até hoje, ser forte. Não como atriz, de ter que desbravar e lutar contra todo esse estereótipo (mas sendo mulher em geral). A comédia é a minha bandeira. Infelizmente a gente precisa ainda falar sobre machismo. Não é um assunto que já foi embora.”

FEMINISTA. “Independentemente da minha consciência de ser feminista, somos todos machistas em desconstrução. Inclusive existem muitas mulheres que são apenas machistas e não desejam se desconstruir. Mas sou uma feminista, sempre fui. Consigo enxergar isso na minha história através das barreiras que precisei romper, das escolhas que fiz, dos medos que me permiti não ter, das vezes que tentaram me calar e não deixei.”

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COMBATE AO MACHISMO. “Não é só um papel das mulheres, é também dos homens. Se são mesmo machistas em desconstrução, que falem sobre isso, que sejam parte desse movimento.”

FILHOS HOMENS. “Eu tenho filhos homens, converso com eles diariamente sobre isso. Eles já são bastante cientes. Temos diálogos, sempre fui aberta com meus filhos. Um quase adolescente superquestionador, que entende tudo e até por isso posso falar também, sobre essa questão da mãe solo. Me sinto à vontade, porque tenho um filho que também dialoga, que também fala sobre isso. Quero que isso seja, de repente, uma bandeira na vida dele. E ele vai ser um homem, talvez queira ser pai, precisa saber sobre isso. Que bom que entende desde pequeno o que existe no mundo. Quero que ele escreva a história dele. A gente não quer repetir padrões que não sejam assertivos.”

ASSÉDIO NA VIDA. “Na televisão tive muita sorte, porque comecei a trabalhar nova e desde sempre fui muito justiceira. Nos meninos, quando criança, que vinham passar a mão em mim, eu dava com a minha merendeira de lata neles, tipo a (personagem) Mônica. Sempre fui a Mônica, desde a escola, com esse tipo de temperamento. E de alguma forma sempre consegui me colocar em um lugar de me impor, mas leve, divertida. Mas claro que já fui assediada. Fora da TV… E acionei o meu coelho e saí correndo. Mas nunca de uma forma mais pesada. Sempre fui alvo. Mas tive esse lugar de escudo, fui construindo isso, precisei me proteger.”

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