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Carlinhos Brown fala em ‘punição divina’ para Bolsonaro

Músico conversa com VEJA sobre a atual situação política do país

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 ago 2022, 12h10 - Publicado em 24 ago 2022, 08h00

Carlinhos Brown acompanha com atenção os desdobramentos que o país atravessa nos últimos anos. Prestes a se apresentar no carnaval de Nothing Hills, em Londres, ele conversou com a coluna. O show (de 27 a 29 deste mês) será sobre um trio literalmente elétrico, teste já para ser usado no próximo carnaval em Salvador. “Estamos fazendo um retrofit, um update ao trio elétrico que é baseado no modelo dos anos 1950. O trio atual tem quatro armazenadores de energia, dois para luz e som e outros dois de reserva, que dão autonomia de 8 a 12 horas de uso. O primeiro impacto é na música, não tem interferência sonora de motor. Várias vezes eu achava que os instrumentos estavam desafinados, mas era o motor. O outro impacto é o fim da fumaça. Quem gosta de trio sabe que o pior é ter que respirar fumaça. Teremos um som poderosíssimo e ar limpo”, diz.

O músico diz não ter medo de sofrer represálias por ser brasileiro, neste momento que temas como desmatamento da Amazônia e governo Bolsonaro (PL) permeiam as discussões internacionais quando se fala em “Brasil”. “A gente tende a culpar um país quando ocorre um problema. É notório que nem todo mundo pensa assim. Amazônia é uma questão de cuidados que precisamos ter. Não é assunto de bicho grilo ou panfletagem. É uma encruzilhada da América Latina.

Ele lembra do amigo Dom Philips, assassinado na Amazônia há dois meses, junto com o jornalista Bruno Araújo. “A natureza tem nos aturado, até o momento que não nos queira mais. A gente é muito pequeno diante de tudo isso. Dom não era apenas um inglês, era um baiano. Ele era meu amigo, estava sempre junto com a gente. A família dele é do Rio Vermelho, sempre esteve por perto, ajudava dando aulas de inglês para várias comunidades. Ele se preocupava com o ser humano como um todo. Não era um ativista ecológico apenas, era um ativista social”, afirma.

Sobre a imagem do país no exterior, ele acredita que o problema é mais prolongado do que se imagina. “O Brasil já está com uma imagem arranhada lá fora há algum tempo, até pelo comportamento de violência que chegou num grau absurdo. Isso vem de uma desordem ambiental nas nossas cabeças. Temos que parar de usar o Brasil como um arquivo de desastres. Não estamos concordando com esse momento que se vive, aliás nunca concordamos”. E não poupa palavras para comentar sobre possíveis punições ao atual governo. “Acredito em punição divina, algo muito maior do que isso aqui que temos. Mas também pela capacidade que se tem no país hoje, com pessoas técnicas para fazer julgamentos necessários, espero que tomem providencias cabais a tudo que está acontecendo. O comportamento de irresponsabilidade está enorme. Olha como a cultura está largada! Isso só reforça violências e desigualdades”, diz.

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