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Ana Vilela fala sobre se assumir lésbica em família religiosa: ‘Medo’

Cantora do sucesso ‘Trem Bala’ conversa com VEJA prestes a lançar inéditas em show no Rio

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jul 2023, 16h59 - Publicado em 27 jul 2023, 11h00

Após quatro anos sem novas composições, Ana Vilela, 25, apresenta o álbum Melhor Que Ontem. A artista, que já ficou entre os mais ouvidos do país com o hit-chiclete Trem Bala, gosta de ser lembrada pela música, evitando se colocar sob pressão para outro sucesso de mesma proporção. Para a estreia do novo disco, mirou seu marketing num perfil no Onlyfans, plataforma de conteúdo adulto, muito usada para ensaios sensuais. Ana conversa com a coluna sobre a pausa que fez nos últimos anos, como a relação com a estudante Amanda Garcia, 24, foi importante para assumir sua sexualidade e a repercussão das fotos de lingerie publicadas na web.

Esse é o seu primeiro álbum após quatro anos sem novas composições. Por que precisou desse tempo? O tempo sem lançar nada juntou o momento que estava trabalhando o outro álbum e a pandemia, período que fiquei muito parada. Tive ansiedade e depressão na pandemia, me afastei da música. Fiquei com bloqueio. Mas depois de me tratar, senti vontade de escrever de novo. E aí esse álbum nasceu.

Você criou uma conta no Onlyfans para divulgação de uma música. A repercussão foi o que esperava? A gente se programou para isso. O que não esperava é que fosse ser também muito positiva. Como a música fala desse ambiente tóxico da internet, a gente imaginou que ela fosse trazer comentário negativo. E a própria música refutaria esses comentários quando fosse lançada. Isso aconteceu, claro, as pessoas não se poupam de serem cruéis. Mas teve uma repercussão muito boa também. Muita gente falando sobre ter vontade de fazer ensaio para o marido, se sentir gostada… Foi uma surpresa esse lado.

Muitos relacionaram as fotos com objetificação do corpo feminino. Concorda? A pessoa tem que se sentir à vontade para fazer o que quiser com o próprio corpo. Óbvio que a gente vive em uma sociedade machista e existem milhões de problematizações que pode colocar. Mas o limite é a pessoa estar confortável.

Ganhou algum dinheiro no site de conteúdo adulto? Não, o conteúdo estava gratuito quando a gente lançou. Esses dias até viralizou uma manchete fake falando disso, que eu tinha reclamado de gordofobia por não vender nenhuma assinatura. Meu Onlyfans era gratuito para divulgar um disco, não vendi assinatura. Não queria ganhar dinheiro com isso, queria que se voltassem para o meu trabalho.

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Sobre gordofobia, qual foi o pior momento que já sofreu? É uma coisa que frequentemente vivencio na internet, as pessoas são muito maldosas. Não tem uma situação que eu diga ‘isso foi o pior que me aconteceu’. Estou calejada de ler as coisas, já não ligo tanto. Mas uso de exemplo o que aconteceu agora, essa fake news que citei. Não falei nada e usaram não só o fato de eu ser gorda, mas também a pauta, para começar uma história de zoação. Isso é muito nocivo. Fiquei brava, mais revoltada do que chateada, mas a equipe jurídica cuida disso.

Quais são as dificuldades de se prolongar entre os mais escutados no Brasil? É algo que ainda busca? Fiquei um tempo sem lançar nada, acho que é natural o afastamento desse lugar. Mas quero manter minha carreira. Ser mais ouvido é consequência de um trabalho bem feito, é o que busco fazer. Meu objetivo principal é entregar música de qualidade, que as pessoas se identifiquem.

Tem medo de ser conhecida por “cantora de uma música só”? Já tive muito medo, a pressão me acompanhou nos primeiros anos. Era muito medo de nunca mais fazer algo tão incrível. Hoje eu nem tenho essa pretensão, porque Trem Bala ocupa um lugar na vida das pessoas que é indiscutível, e não tenho que correr atrás de fazer todos os trabalhos serem grandiosos. Gosto de ser conhecida como a menina do Trem Bala, que me associem à música, isso me trouxe muitos frutos, como a possibilidade de viver da música. Não vai ter show que eu não cante ela.

Como descobriu sua sexualidade? Desde cedo tinha muita certeza do que eu era, mas, por ser de uma família muito religiosa, todo mundo tinha pensamento muito fechadinho, conservador. Tive muito medo, cresci dentro da igreja, cresci ouvindo discursos, que vão completamente contra quem sou… Era muito difícil, passei por um período de muita dúvida, de relutância.

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O que a fez tomar a decisão de se assumir lésbica? Foi quando conheci a Amanda, que é a minha mulher. A gente se conheceu com 14 anos, ela morava longe, então tomamos a decisão de nos assumirmos muito cedo para poder viver esse namoro. A conversa aconteceu e foi supertranquilo. Fui criada pelos meus avós, porque meus pais foram pais cedo, então eles sempre tiveram minha guarda. E eles aceitaram muito bem.

Serviço: Show de lançamento do álbum Melhor Que Ontem/ Quinta-feira, 27, às 20h / Teatro Riachuelo – Rua do Passeio, 38/40, Centro, Rio / Ingressos: de R$20 a R$ 80.

 

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