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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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‘Usei em ‘Red’ minhas ideias recusadas em ‘Divertida Mente’’, diz diretora

A cineasta chinesa Domee Shi fala a VEJA sobre o novo filme da Pixar, no qual uma garota em plena puberdade se transforma num panda gigante

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 mar 2022, 11h36

Passar pela puberdade não costuma ser um processo fácil, mas para Meilin, a protagonista de Red: Crescer É uma Fera, um agravante deixou o período ainda mais complexo. Descendente de uma família chinesa, em que os ancestrais eram considerados os protetores do panda gigante vermelho, Meilin, na pré-adolescência, acorda um belo dia transformada, literalmente, no animal. Começa então uma aventura mágica sobre crescer, mudar e se aceitar, trama que foi desenvolvida por Domee Shi, cineasta chinesa que dirige a animação lançada pelo Disney+. A VEJA, Domee fala sobre as inspirações para o longa, discorre sobre os dilemas de retratar a puberdade em uma animação e compara o trabalho ao curta Bao, que lhe rendeu o Oscar em 2019.

A ideia de Red: Crescer É uma Fera é bem original. Como foi apresentá-la para a Pixar? Foi em 2017, eu me lembro que apresentei três ideias. Todas elas tinham a ver com o amadurecimento de meninas se tornando adolescentes. Mas Red era de longe, para mim, o mais pessoal e o mais estranho, e acho que essa combinação chamou a atenção da Pixar. É uma história sobre uma menina canadense de origem chinesa passando por uma puberdade mágica que a transforma em um panda gigante vermelho. Apesar de ser algo muito específico, é também universal ser um adolescente que de repente não se reconhece mais no próprio corpo, percebe que seu pé cresceu, pelos apareceram, o cheiro mudou e suas emoções estão fora de controle.

Você participou do time de animadores de Divertida Mente, que se passa na mente de uma menina que está perto dos 13 anos. De alguma forma esses filmes se relacionam? No fim de Divertida Mente há uma piada na qual um botão escrito puberdade aparece na mesa de controle e os personagens olham para aquilo e preferem não falar sobre. Acho que Red é como se nós déssemos continuidade a essa ideia, apertando o botão. Divertida Mente também me inspirou a olhar para trás e lembrar da minha adolescência, de como foi essa transição, de como eu morria de vergonha da minha mãe às vezes. Todas essas ideias que eu joguei para o Pete (Docter, diretor de Divertida Mente) e ele rejeitou eu usei em Red.

Red explora parte da cultura chinesa, seguindo uma tendência recente da Disney de observar outros países e etnias, como a Colômbia em Encanto, e o México em Viva: A Vida é uma Festa. Como você se encaixa neste processo? É empolgante fazer parte deste momento da indústria de animação. Trata-se de uma nova visão sobre o que é uma trama universal, quem está contando e o que o público quer ver. O público gosta de escapar para outro mundo que não lhes é familiar e, para isso, é importante encontrar pessoas com diferentes históricos e origens para contar suas histórias. Assim podemos compartilhar nossas experiências e cultura.

Você ganhou o Oscar com Bao, um belo curta de animação sobre uma mãe superprotetora – personagem também explorada em Red. Por que esse tema a interessa? Eu mal arranhei a superfície da complexidade da relação de uma mãe e um filho com aquele curta. Queria muito explorar a dinâmica mãe e filha, pois é a primeira relação humana que todas as pessoas têm e provavelmente a mais importante. A gente sai de dentro dessa pessoa e já começa o contato. E essa conexão, no processo de crescimento, muda da mãe e do pai para os amigos. A ideia era observar uma menina em crise na hora dessa transição.

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