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Com choro e superação, Huck impõe sua cara ao domingão da Globo

Videocassetadas e tom descontraído do domingo foram substituídos por quadros sentimentais e assistencialistas, mas público não abandonou o apresentador

Por Amanda Capuano Atualizado em 27 set 2021, 14h48 - Publicado em 27 set 2021, 14h15
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  • Quando Faustão deixou a Globo, depois de mais de trinta anos no comando dos domingos da emissora, duvidou-se que outra pessoa conseguisse sustentar bons índices no domingo. Luciano Huck, porém, parece estar dando conta do recado. Nos três primeiros finais de semana de exibição, o Domingão com Huck anotou uma média de 18 pontos de audiência em São Paulo, e 20 no Rio de Janeiro. O resultado paulista significa um acréscimo de 1 ponto em relação à média das quatro semanas anteriores à estreia do novo programa, quando Tiago Leifert, que deixará a emissora em dezembro, ainda conduzia a atração. Do lado carioca, a elevação foi de 2 pontos, resultado que mantém a Globo absoluta na liderança dominical. Nessa semana, a média caiu para 16 pontos segundo dados da Kantar Ibope Media, a pior desde a estreia da atração – mas o tropeço não abala a liderança na faixa, e pode indicar uma estabilização positiva, passado o furor com a substituição.

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    Sem tentar emular o estilo de Fausto Silva, Huck praticamente transportou seu Caldeirão para os domingos, levando consigo os seus já tradicionais quadros sentimentalistas, que agora ditam o novo tom do programa. Herança de Fausto Silva, o Show dos Famosos quebra o clima sério com celebridades imitando seus companheiros de fama. Fiuk, nessa semana, foi flagrado na pele de Raul Seixas, entoando o clássico Metamorfose Ambulante todo trajado de Raul. A drag queen Gloria Groove também participou da atração, imitando a americana Fergie. Para além disso, no lugar do tom descontraído embalado por videocassetadas e piadas canastronas de Faustão, a atração foi tomada por histórias de superação com uma pitada social – uma fórmula que põe em xeque a noção de que o domingo é o dia do escapismo por excelência na TV aberta. E não é que vem dando certo?

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    Nessa semana, por exemplo, Juliette Freire, vencedora do BBB 21, compareceu à atração para o quadro Visitando o Passado, no qual derramou copiosas lágrimas ao se deparar com a remontagem da casa onde cresceu, na Paraíba. No finado Caldeirão – hoje muito mais descontraído com o desinibido Marcos Mion, que cumpre a função de alívio cômico do final de semana – celebridades como Iza, Xuxa Meneghel e Pabllo Vittar tiveram o passado rememorado pelo apresentador no mesmo quadro. Quem Quer ser um Milionário? também passou para o domingo, e a saga dos participantes com histórias de superação tentando chegar à pergunta do milhão continua a todo vapor, geralmente usadas de pretexto para se tocar em alguma causa, como falta de apoio à ciência, racismo ou desigualdade social.

    Nas redes sociais, parte dos usuários brinca que agora, além de sofrer pela iminência da segunda-feira, o brasileiro ainda precisa se compadecer com as histórias sofridas transmitidas por Huck em pleno fim de domingo – mas isso, apesar de desagradar a internet (que pende mais para o streaming do que para a TV aberta), parece ser um trunfo com a “turma do sofá” que se mantém fiel ao apresentador. A Globo, afinal, conhece o público que tem.

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