A necessidade de adaptar o modelo de votação para atender às medidas de proteção impostas pelo coronavírus está no centro de um debate sobre a segurança das eleições para a presidência do Jockey Club Brasileiro, o tradicional clube do Rio. No próximo dia 15 de outubro, a agremiação terá eleições híbridas – presencial e online – pela primeira vez em sua história.
O advogado Luiz Alfredo Taunay, candidato à reeleição no Jockey Club Brasileiro, disse, em live realizada na última quinta-feira, que a Tafner, empresa escolhida por ele para organizar a votação online no clube, não garante que quem esteja votando seja realmente o sócio, como rege o Estatuto. “A oposição questiona como é que vai conferir a pessoa que votou, isto aí é absolutamente inviável”, afirmou.
Candidato de oposição, Raul Lima Neto se posicionou favorável à votação online, desde que haja garantia de que ninguém poderá votar no lugar dos associados e de que o voto será secreto e inviolável.
Ao Radar, Taunay disse que o voto híbrido foi adotado com base na Lei 14010/2020, nos moldes do que tem sido feito por empresas para dar “conforto mínimo aos sócios e acionistas”. “O que o Jockey fez foi dar uma alternativa, uma possibilidade, para os sócios votarem sem precisar comparecer presencialmente. Esse é o mínimo que se faz. Hoje em dia o que acontece: todos aglomerados resulta em covid, vide o que aconteceu no STF”, ponderou.