PSOL rebate presidente: ‘não aceitaremos as ameaças de Bolsonaro’
Presidente afirmou que 'irá acabar com os corruptos e os comunistas'
O PSOL acaba de emitir nota em que rebate o discurso do presidente Jair Bolsonaro que, em visita oficial ao Piauí, afirmou que irá “acabar com os corruptos e os comunistas”, assim como “varrer essa turma vermelha do Brasil”.
Sob o título “Não aceitaremos as ameaças de Bolsonaro”, a legenda diz que o presidente “adere à mesma fórmula usada pelas ditaduras latino-americanas, pelo nazismo, pelo macartismo e por outros projetos de extrema direita que tinham como propósito a eliminação física ou política de seus oponentes”.
A nota oficial do partido diz ainda que o presidente “demonstrou toda sua incapacidade para governar e resolver os graves problemas que o país vive, se ocupando apenas de disseminar ódio e divisão”.
Veja abaixo a nota oficial do partido:
Nesta quarta-feira, 14 de agosto, em agenda oficial no Piauí, Jair Bolsonaro afirmou que irá “acabar com os corruptos e os comunistas”. Disse ainda que irá “varrer essa turma vermelha do Brasil” e que “já que na Venezuela está bom, vou mandar essa cambada pra lá”.
O Partido Socialismo e Liberdade manifesta seu repúdio a essas graves afirmações. Ao defender “acabar com os comunistas” Bolsonaro adere à mesma fórmula usada pelas ditaduras latino-americanas, pelo nazismo, pelo macartismo e por outros projetos de extrema-direita que tinham como propósito a eliminação física ou política de seus oponentes. A existência de partidos comunistas e socialistas é um direito assegurado pela Constituição Federal e nenhum Chefe de Estado, a não ser num regime de exceção, pode defender a proibição dessas agremiações.
Nestes meses à frente da Presidência da República, Bolsonaro demonstrou toda sua incapacidade para governar e resolver os graves problemas que o país vive, se ocupando apenas de disseminar ódio e divisão, fórmula encontrada para esconder o desastre representado por seu projeto. Nas últimas semanas Bolsonaro tem se manifestado de forma a agredir ou ameaçar setores da sociedade brasileira, a imprensa, os movimentos sociais e a memória daqueles que lutaram pela democracia. Mas é a primeira vez, depois da posse, em que ele cruza o limite do respeito à existência das forças políticas de esquerda.
Mais grave ainda é a afirmação de que banirá a oposição, como faziam as ditaduras que ele tanto admira. Os partidos socialistas e comunistas no Brasil sempre foram os guardiões da democracia e dos direitos sociais. Não aceitaremos, portanto, qualquer tipo de ameaça e esperamos que as instituições finalmente intervenham contra mais esse absurdo. O PSOL só terminará quando sua missão história estiver concluída: a construção de um Brasil socialista e libertário.