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PRF investiga superintendente por espionagem contra chefe da instituição

Superintendente substituto no DF, Rafael Silva foi flagrado usando o sistema da polícia para consultar dados pessoais do chefe da instituição

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 abr 2024, 07h29 - Publicado em 19 abr 2024, 07h01

Há três semanas, o Radar revelou que a PRF de Lula enfrentava uma guerra sigilosa de dossiês em Brasília e disputas de poder entre grupos políticos, alguns apoiados por parlamentares do PT. Nas últimas semanas, essa crise avançou, ganhando contornos mais graves, a partir da descoberta de personagens poderosos da corporação envolvidos nessas jogadas.

Na última terça, a Corregedoria da instituição abriu uma investigação sigilosa contra o número dois da Superintendência da PRF no Distrito Federal, o superintendente substituto Rafael Silva, por possível espionagem e outras irregularidades praticadas contra o diretor-geral da PRF, Antônio Oliveira.

Despacho da Corregedoria da polícia diz que Silva é autor de um dossiê com falsas acusações contra a cúpula da PRF. “Esta Corregedoria-Geral verificou que aquele arquivo continha em seus metadados a identificação de seu autor como sendo ‘Rafael Guedes da Silva’, que coincide com servidor policial rodoviário federal, ocupante da função de Superintendente Regional substituto da SPRF/DF”, diz o despacho obtido pelo Radar.

O material, segundo a corregedoria, teria “acusações infundadas e possíveis crimes contra a honra de servidores”. “Apresentando o documento à Corregedoria-Geral, sustenta que haveria supostas acusações infundadas, possíveis crimes contra a honra de servidores, vazamento de informações e dados restritos, o que levantava a hipótese de ser verdadeiro dossiê em que poderia se buscar denegrir a imagem da instituição e dos gestores da mesma”, segue o documento.

Silva é braço-direito do superintendente Igor Ramos, que se filiou ao PT recentemente. Fontes da PRF dizem que há um movimento na corporação para derrubar Oliveira desde que Flávio Dino deixou o governo. O atual ministro do STF foi quem escolheu Oliveira para o cargo.

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Ao reconstituir os passos de Silva na corporação, a corregedoria encontrou indícios de que ele usou meios de inteligência do órgão para colher informações pessoais do chefe nacional da PRF. “Chamou atenção o fato do PRF Rafael Guedes da Silva, em 23/02/2023, ter feito consultas a dados pessoais do Sr. Diretor-Geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, o que necessita de evidente esclarecimento”, diz a corregedoria. “Os fatos foram encaminhados à Corregedoria-Geral da Polícia Federal para conhecimento e auxílio na produção probatória técnica a respeito da possível autoria”, segue a investigação.

O ato é do corregedor-geral da PRF, Vinicius Behrmann. “É dever desta Corregedoria-Geral apurar os fatos dos quais tomou conhecimento, com vistas a identificar se existem irregularidades contidas no documento, além de possível participação de servidores na produção de dossiê e suposto vazamento de informações sensíveis, inverídicas e/ou distorcidas, a fim de também esclarecer qual o intento com a possível remessa daquelas informações e dados a jornalista sem vínculo com a instituição. Visando melhor subsidiar o juízo de admissibilidade da autoridade competente, decido pela apuração preliminar através de Investigação Preliminar Sumária – IPS, e consequente processamento no âmbito correcional”, diz o despacho.

Procurado, Silva disse que desconhecia o assunto e não iria se manifestar. Atual chefe do Ministério da Justiça, o ministro Ricardo Lewandowski não quis se pronunciar sobre a guerra nos bastidores da PRF.

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