O recado de Tarcísio na emocionada despedida do governo Bolsonaro
Ministro participou de últimos leilões como chefe da pasta nesta quarta; ele vai dar início à pré-campanha para o governo de São Paulo
De saída do governo Bolsonaro para disputar o governo de São Paulo, o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas participou nesta quarta-feira de seus últimos leilões à frente da pasta: o da Codesa — a Companhia de Docas do Espírito Santo — e de três terminais portuários: Paranaguá (PR), Santos (SP) e Suape (PE).
Emocionado, teve que interromper a fala em mais de um momento: “Normalmente eu sei o que falar, hoje não”, declarou.
Ao contrário de outros ministros que vão disputar cargos eletivos e que optaram por fazer os últimos atos individuais de governo ao lado de Bolsonaro em grandes eventos públicos — como Tereza Cristina (Agricultura) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) –, Tarcísio foi mais discreto e evitou falar sobre eleições — focou seu discurso na gestão da Infraestrutura e sobre as entregas futuras, como a sétima rodada de concessão de aeroportos, que incluirá Congonhas (SP).
Ao final do evento, falou a jornalistas e confirmou que seu substituto à frente da pasta será o secretário-executivo Marcelo Sampaio — e que ele não deverá fazer trocas dentro do ministério.
Tarcísio comemorou, ainda, o desempenho nas últimas pesquisas de intenção de voto — que o colocam em segundo lugar, empatado com Márcio França (PSB) e atrás de Fernando Haddad (PT) –, voltou a dizer que é o candidato com menos rejeição e afirmou que pretende intensificar as agendas em São Paulo. O ministro tem sido alvo de críticas de adversários por não ser paulista — ele é carioca.
“O fato de eu não ser conhecido representa uma oportunidade pra ser conhecido e crescer. A gente está satisfeito e otimista com o desempenho até aqui. Vamos trabalhar bastante, tentando ao máximo a adesão da sociedade em torno do que a gente espera que seja um projeto de transformação”, disse.