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O ‘bolsonarista’ que adiou a sabatina do chefe da Abin de Lula no Senado

Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Renan Calheiros desmarcou a arguição de Luiz Fernando Corrêa, marcada para esta quinta-feira

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 mar 2023, 13h01

Marcada para a manhã desta quinta-feira no Senado, a sabatina de Luiz Fernando Corrêa como novo diretor-geral da Abin foi adiada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Casa. Cabe ao colegiado apreciar a indicação de Lula para comandar a Agência Brasileira de Inteligência.

Durante a reunião, Calheiros alegou que a decisão se deu por conta da falta de quórum e da reunião que acontecia no mesmo momento com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a apresentação da proposta do novo arcabouço fiscal aos senadores. E anunciou que Corrêa — chefe da PF durante o segundo mandato de Lula — iria à comissão na próxima reunião, que deve ocorrer após a Semana Santa.

Mas o verdadeiro motivo foi outro. Ele decidiu adiar a sabatina já no dia anterior, depois de receber informações de que escolhidos de Corrêa para serem seus subordinados diretos na agência são bolsonaristas. No começo de março, Alessandro Moretti, delegado da PF assim como o indicado de Lula, foi nomeado como diretor-adjunto da agência, e vem comandando a Abin interinamente. A agência, inclusive, saiu do GSI e foi para a Casa Civil no mesmo dia.

A questão é que Moretti teve cargos de destaque na Polícia Federal na segunda metade do governo Bolsonaro. Foi diretor de Inteligência Policial de março de 2022 a janeiro desse ano, e diretor de Tecnologia da Informação e Inovação, de abril de 2021 a março de 2022. Antes, comandou a Diretoria de Gestão e Integração de Informações da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, de julho a outubro de 2020, na gestão do então ministro André Mendonça.

Mas a experiência do currículo do atual número 2 da Abin que mais preocupa senadores governistas é sua passagem como secretário-executivo e braço-direito de Anderson Torres na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, de janeiro de 2019 a junho de 2020. Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Torres está preso há dois meses e meio por suposto envolvimento nos atentados de 8 de janeiro.

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Apesar do anúncio de Renan na reunião da CRE, a sabatina, na verdade, não tem mais data pra acontecer. Antes de encerrar a sessão desta quinta, o senador comentou, inclusive, que teve uma rápida conversa com Corrêa “sobre alguns aspectos da nova missão que o espera à frente dessa importante agência estatal, fundamental e insubstituível”.

“E, em determinando momento da conversa, eu perguntei para ele quais seriam os nomes que ele escolheria como segundo e como terceiro substitutos, e ele disse que esses nomes já estavam postos. É evidente que nós vamos sabatinar o Dr. Luiz Fernando Corrêa, nós não vamos sabatinar o segundo e o terceiro, mas essas informações são muito importantes para o andamento da própria sabatina. A responsabilidade do Senado Federal é total, e nós precisamos saber quem são essas pessoas que já estão ocupando esses cargos à frente da Abin como o segundo – e, portanto, substituto – e como segundo substituto do Dr. Luiz Fernando Corrêa”, afirmou.

Citando a coincidência da reunião com Haddad, Calheiros concluiu dizendo que havia, adicionalmente, o seguinte problema: “nós não vamos sabatinar nem o segundo e nem o terceiro – não é competência do Senado Federal -, mas nós precisamos saber quem são essas pessoas”.

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