BLACK FRIDAY: ASSINE a partir de R$ 1 por semana
Imagem Blog

Radar Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO

Por Robson Bonin
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Ministro do TSE compara caso de Bolsonaro ao de terraplanistas

Terceiro a votar no julgamento de ação contra o ex-presidente, Floriano de Azevedo Marques seguiu o relator

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
29 jun 2023, 12h49

No seu voto pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro, na manhã desta quinta, o ministro Floriano de Azevedo Marques, do TSE, rebateu argumentos da defesa do ex-presidente e comparou o seu caso ao de “terraplanistas”.

“Se disse aqui na tribuna que o primeiro investigado [Bolsonaro] talvez não tenha muita habilidade retórica. Humanos, nós todos temos nossas limitações. Concedamos o benefício da limitação de oratória. Ora, se o manejo da língua não é o forte de alguém, mais um motivo para não se arvorar a discursar sobre um tema tão grave, com tão frágeis bases, diante de diplomatas estrangeiros, aviltando a Pátria e constrangendo a República”, afirmou o magistrado.

Na sequência, ele lembrou que a defesa alegou que o discurso proferido durante a reunião com os embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, “não caracterizaria abuso pois estaria compreendido dentro da liberdade de expressão do presidente da República”.

“Ora, já é manancial a jurisprudência dessa Corte no sentido de afirmar e reafirmar que a garantia de liberdade de expressão não é apta a acobertar a propagação de desinformação, de inverdades ou de acusações que sabe-se improvadas ou improváveis”, comentou o ministro, passando a citar o exemplo dos terraplanistas.

“Alguém pode acreditar que a terra é plana, mesmo contra todas as evidências científicas. Esse sujeito pode ainda integrar um grupo de estudos terraplanistas ou uma confraria da borda infinita e dedicar seus dias a imaginar como um avião dá a volta no plano para chegar ao outro extremo. Porém, se este crédulo for um professor da rede pública, não lhe é permitido ficar a lecionar inverdades científicas aos seus alunos, pois isso seria desviar as finalidades educacionais que correspondem à sua competência de servidor docente. As convicções íntimas de quem quer que seja são respeitáveis e até a sua externação, desde que não fira outro direito constitucional, têm que ser preservadas. Agora, exercer a competência pública para propalar, com a legitimidade de chefe de Estado, uma inverdade já sabida e reiterada, é um desvio de competência e, portanto, figura clássica de desvio de finalidade”, concluiu.

Continua após a publicidade
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

A melhor notícia da Black Friday

Assine VEJA pelo melhor preço do ano!

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana

a partir de R$ 1,00/semana*
(Melhor oferta do ano!)

ou

BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

a partir de R$ 29,90/mês
(Melhor oferta do ano!)

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas. Acervos disponíveis a partir de dezembro de 2023.
*Pagamento único anual de R$52, equivalente a R$1 por semana.