A Comissão de Segurança Pública da Câmara marcou para a próxima quinta-feira, 14, o depoimento de Marcos Valério ao colegiado sobre a delação premiada feita à Polícia Federal.
O pedido de convocação do operador do esquema do mensalão foi aprovado na última terça, à pedido de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
No acordo firmado com a PF e homologado pelo STF — cujo conteúdo foi revelado por Veja –, Valério afirmou que, em 2005, ouviu do então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, que o partido tinha ligações com a facção criminosa PCC. Ele também disse que a legenda administrava um caixa secreto de 100 milhões de reais.
O ex-mensaleiro contou que, à época, foi procurado para utilizar parte dos recursos clandestinos para entregar 6 milhões de reais ao empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André, que chantageava o então presidente Lula, ameaçando contar detalhes sobre as ligações dos petistas com o PCC e com o assassinato do prefeito Celso Daniel, de Santo André (SP).