O presidente Jair Bolsonaro fez um discurso de dez minutos falando de economia, Covid, liberdade e pró-emprego, na reunião com empresários na noite desta quarta-feira, 07, em São Paulo. Ele disse que não vai decretar um lockdown nacional, nem botará tropas nas ruas, algo que vem dizendo em diversas oportunidades. O presidente ainda falou do “tratamento imediato”, o antigo tratamento precoce, e como a medida funcionou em Chapecó, cidade catarinense onde o presidente esteve durante o dia. Apesar do exemplo citado pelo presidente, Chapecó tem UTIs lotadas, teve uma aceleração no número de mortes neste ano e o atual prefeito teve que decretar um lockdown para tentar conter a pandemia da Covid-19.
Depois do seu discurso, em São Paulo, Bolsonaro foi muito aplaudido. Antes de sua fala, o presidente tinha ouvido discursos elogiosos de empresários como Alberto Saraiva, Andre Esteves, Claudio Lottemberg, David Safra, José Isaac Peres, Rubens Ometto, Flávio Rocha, Washington Cinel e Luiz Trabuco. Os empresários elogiaram especialmente o fato de o Brasil ter duas fábricas de vacinas, Butantan e Fiocruz, salientando que apenas seis países no mundo produzem hoje vacina contra a Covid-19. Os empresários também falaram da importância das reformas, elogiaram a preocupação com o teto de gastos, com a liberdade e com os empregos, além de elogiar o programa de vacinação.
Um dos empresários presentes, que é crítico da forma como o governo Bolsonaro conduziu a pandemia, disse que o ambiente não era de críticas, mas de se fazer escutar para tentar gerar uma união no país. Por isso, pontos positivos do governo foram apresentados. Um destes pontos é a forma como o novo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, está tentando conscientizar a população da importância da vacina, do distanciamento e da máscara. Alguns dos empresários também falaram de como o presidente é um vetor de formação de opinião e, portanto, tudo o que ele fala é importante. Sobre o ‘tratamento imediato’, alguns dos empresários entenderam que foi apenas algo rápido no discurso, mas que o presidente não é técnico da saúde.
“Não fizeram demanda (os empresários), simplesmente manifestaram apoio ao presidente e ao Brasil”, disse um outro dos presentes ao evento ligado ao governo. Como disse o anfitrião, Washington Cinel, a pauta da noite era uma ‘agenda positiva, nada de críticas’.
O presidente levou uma tropa de choque para o jantar. Leia mais aqui neste link.