Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

O Som e a Fúria Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Felipe Branco Cruz
Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal
Continua após publicidade

O ‘jingle’ da ditadura militar exaltado por Regina Duarte ao votar

Atriz e ex-secretária de Bolsonaro compartilhou vídeo com música usada pelos militares como peça de propaganda durante os anos mais duros do regime

Por Amanda Capuano Atualizado em 3 out 2022, 15h09 - Publicado em 3 out 2022, 10h40

Regina Duarte foi às urnas no domingo, 3, para eleger seus representantes — no caso, Jair Bolsonaro e seus aliados, apoio declarado da atriz. Pouco depois de votar, ela publicou nas redes sociais um vídeo em que aparece trajada de verde e amarelo na fila para a eleição. Na trilha sonora, ouve-se um trecho da música Eu Te Amo, Meu Brasil, popularizada como um jingle da ditadura militar brasileira. “Obrigada, sangue latino, por traduzir para multidões o grande amor que sinto pelo meu país’, escreveu.

Com os versos “Meu coração é verde, amarelo, branco, azul-anil / Eu te amo, meu Brasil, eu te amo / Ninguém segura a juventude do Brasil”, a canção foi gravada pelo grupo Os Incríveis em 1970, mas é uma composição de Dom, da dupla cearense Dom e Ravel. Os dois ficaram marcados como adesistas, como eram chamados os artistas que apoiavam o regime.

Com o ufanismo em alta, o grupo paulista aceitou gravar a música por causa da Copa do Mundo do México, vencida pela seleção brasileira naquele ano. Mas, assim como a música oficial da competição, Pra Frente, Brasil, de Miguel Gustavo, Eu Te Amo, Meu Brasil entrou para a história como uma peça de propaganda para louvar o “Brasil do milagre” alardeado pelos militares. Enquanto isso, os “anos de chumbo”, como ficou conhecido o período mais duro da ditadura, imperavam no país, com supressão de direitos, torturas e perseguições políticas.

Continua após a publicidade

O uso da música por Regina, no entanto, não é surpresa. Ex-secretária da Cultura de Bolsonaro e apoiadora declarada do presidente, ele próprio um admirador da ditadura militar brasileira, Regina chegou a dançar e cantar Pra Frente, Brasil em 2020, durante uma entrevista à CNN, no mesmo dia que o país atingiu 600 mortos por Covid-19 (hoje já são quase 700.000). Vale lembrar que o vídeo “patriota” de Regina aguardando na fila para escolher seu presidente não existiria no regime militar — já que não havia votação direta para presidente.

View this post on Instagram

A post shared by Regina (@reginaduarte)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.