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A pouco conhecida fisioterapia que Biden está fazendo para não cair

O nome é propriocepção e aumenta o sentido natural de equilíbrio, uma das áreas que tem sido complicada para o presidente de 80 anos

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 27 set 2023, 07h37 - Publicado em 27 set 2023, 07h37

Usar tênis mais frequentemente, subir por uma escada menor para entrar no Air Force One e fazer uma fisioterapia de nome complicado podem ser a salvação da civilização ocidental.

Pelo menos para quem acredita que uma segunda vitória de Donald Trump implodiria os Estados Unidos e a saída está nas mãos, ou talvez nos pés, de um presidente de 80 anos, com sinais de desorientação espacial e constrangedores tombos que passam a imagem de um idoso fragilizado, não de um estadista experiente e sábio.

Além de equipes que vasculham todos os ambientes por onde Joe Biden vai circular, com o intuito de eliminar obstáculos como o saco de areia no qual ele tropeçou, em junho, no palco de uma cerimônia da Força Aérea, o presidente é incentivado a usar sapatos esportivos onde o protocolo não impede e a manter a fisioterapia que faz desde 2021.

Idosos caem e as juntas desgastadas não ajudam. O site Axios escavou relatórios médicos associando os episódios de desequilíbrio de Biden a “uma mistura de artrite significativa da coluna” e “artrite leve pós-fratura no pé” (Biden sofreu uma pequena fratura ao escorregar quando brincava com o cachorro no começo do ano passado. Pelo menos segundo a explicação oficial: o estado de saúde de chefes de governo sempre provoca boatarias e suspeitas).

Biden faz fisioterapia com Drew Contreras, que também trabalhava com Barack Obama. A recomendação é que faça “manobras proprioceptivas”, um tipo de fisioterapia comparativamente pouco conhecido. A ideia é aumentar o senso natural de equilíbrio, dado pelos diferentes sentidos. Exercícios desse tipo podem incluir caminhar em superfície irregulares e fazer movimentos com os olhos fechados, envolvendo desde desafios musculares até o labirinto, a chave do equilíbrio da qual geralmente nem temos consciência até que o mundo começa a girar.

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Durante a campanha de 2020, ainda na pandemia, Biden ficou literalmente no porão da sua casa em Delaware, onde foi montado um gabinete com aparência presidencial. Os maiores receios eram que pegasse Covid, com alto risco para uma pessoa idosa, ou que fosse comparado a Trump. Embora com apenas três anos a menos do que Biden, o ex-presidente adora tomar banho de multidão e não passa a mesma imagem de fragilidade — seja lá o que tenha debaixo dos ternos Brioni e da gravata bem comprida.

Depois da posse, muitos cenários foram montados na Casa Branca para dar a impressão de que eram ambientes reais nos quais Biden se pronunciava. Quem tem memória mais longa se lembrou dos estertores da União Soviética, quando uma sucessão de dirigentes máximos de saúde abalada acentuou a imagem de decadência. O último deles, antes de Gorbachev, Konstantin Chernenko já estava tão consumido pelo enfisema — fumava desde os nove anos — que foi preciso montar um falso posto de votação dentro do Kremlin, para ser feita a tradicional foto diante da cabine (as eleições eram tão fake quanto a ambientação). Durou onze meses no poder.

Segundo uma pesquisa da NBC, nada menos que 74% dos americanos acham que Biden pode não ter a saúde física e a acuidade mental exigidas pelo cargo de homem mais poderoso do mundo (o índice é de 47% para Donald Trump).

O site Axios escreveu que integrantes da máquina democrata “inclusive alguns do governo, estão aterrorizados” com a possibilidade de que Biden sofra uma queda grave, principalmente nas semanas que antecederem a eleição de novembro do ano que vem.

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Esconder problemas de saúde de presidentes é praticamente uma tradição. Mas na era dos celulares onipresentes seria difícil manter em segredo a cadeira de rodas da qual Franklin Roosevelt dependia para se locomover por causa das pernas imobilizadas por sequelas da poliomielite.

Ou muito menos ter uma “senhora presidente”, como foi chamada a segunda mulher dele, Edith Wilson, que praticamente assumiu o controle do governo no período em que o presidente ficou hemiplégico por causa de um AVC. Mesmo depois de voltar a aparecer em público, Wilson exibia, em particular, distúrbios de comportamento. Foi dissuadido a tentar um terceiro mandato — na época, era possível.

Como não parece existir quem faça o mesmo com Joe Biden, muitas das esperanças, no momento, se concentram na propriocepção.

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