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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Por que o editorial do Jornal Nacional contra Bolsonaro é histórico

William Bonner e Renata Vasconcellos fizeram declarações corajosas e necessárias contra o presidente

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jan 2022, 13h06 - Publicado em 7 jan 2022, 12h58

A noite desta quinta-feira, 6, foi histórica para o jornalismo brasileiro. Num ato de coragem e de luta em favor da vida, o Jornal Nacional divulgou um editorial criticando as atitudes irresponsáveis do presidente Jair Bolsonaro nos últimos dias em relação à vacinação das crianças contra a Covid. Editoriais no JN são raros, mas eles o fazem nos momentos mais graves do país.

William Bonner começou dizendo que “as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre as mortes de crianças por Covid afrontam a verdade e desrespeitam o luto de milhares de brasileiros”.

A afirmação não poderia ser mais verdadeira. Como a coluna mostrou nesta quarta-feira, 6, Bolsonaro é incansável na luta contra a saúde e continua espalhando mentiras sobre os casos de Covid em crianças com idade entre 5 e 11 anos.

Para piorar, o presidente ameaça a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e insinua que há interesses por trás do esforço pela imunização das crianças. Há, sim, o interesse de salvar vidas. Apenas isso. Bonner foi à lei que criou a Anvisa para explicar esse “interesse” que pode estar por trás. 

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“O interesse da Anvisa está expresso na lei que a criou. Coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária em defesa da saúde da população”. Lembrou que a lei estabelece que a agência é independente, e que o governo precisa garantir essa prerrogativa. “Não é isso que o presidente tem feito ao ameaçar divulgar os nomes dos integrantes da Anvisa que aprovaram a vacinação infantil”.

O editorial do Jornal Nacional é um grito. Um grito de quem não aguenta mais ouvir calado os absurdos ditos pelo presidente do país. Um grito de um jornalismo que tenta mostrar ao Brasil que as Fake News não vão superar os fatos. William Bonner e Renata Vasconcellos fizeram o que muitos gostariam de fazer: deixaram claro que Bolsonaro precisa ser responsabilizado.

“O presidente Jair Bolsonaro é responsável pelo que diz, pelo que faz… espera-se que venha também a ser responsável por todas as consequências daquilo que faz e diz”, concluiu Bonner.

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A frase é uma convocação ao Ministério Público para agir. Enquanto o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, finge em não ver os crimes que estão sendo cometidos pelo presidente, parte da população clama por responsabilização.

Bolsonaro já cometeu diversos crimes desde que assumiu o poder, mas atingiu o ápice ironizando o sofrimento das famílias que perderam suas crianças para a Covid.

Esse crime, assim como tantos outros, vai ficar para a história e o Jornal Nacional poderá dizer que fez a sua parte na resistência do país para tentar parar o presidente.

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