Era tarde desta sexta-feira, 16, quando uma fonte do atual governo enviou à coluna uma sequência de notícias que mostram como estão sendo os últimos suspiros de Jair Bolsonaro.
Enquanto parte do cercadinho – local onde o atual presidente humilhava jornalistas e conversava com “seu povo” – era desmontado no Alvorada (e o mesmo Palácio recebia um caminhão de mudança), a Polícia Federal mostrava à sociedade brasileira o arsenal apreendido com vândalos golpistas.
Trata-se da mais bem sucedida operação contra os responsáveis por insuflar atos antidemocráticos desde agosto de 2020, quando o ministro Alexandre de Moraes, muito criticado (não por esta coluna), já avançava de forma assertiva contra criminosos no inquérito das fake news.
Mesmo em meio a esse quadro desolador para Bolsonaro – que ainda viu o caminhão de mudança passar no Palácio do Planalto para buscar uma escultura de uma moto que ganhou de presente – o líder da extrema-direita não se fez de rogado e continuou seus ataques à democracia.
Editou um ato normativo que, na prática, libera a extração de madeira em terras indígenas, o que é inconstitucional. A Carta Magna veda esse tipo de exploração em áreas demarcadas aos povos originários.
O futuro ministro da Justiça de Lula, Flávio Dino, já declarou à TV Globo que atos como este de Bolsonaro, ao apagar das luzes, não vão prosperar. “Esses retrocessos serão todos revogados, anulados, para que os indígenas comandem as suas terras em razão do que a Constituição manda”, sentenciou.
É o fim melancólico de uma gestão que, com seu viés autoritário e extremista, tenta ferir o país e seu patrimônio mais importante, o meio ambiente, até o último momento.
PS – Após a coluna revelar a última maldade do Governo Bolsonaro contra Lula, Paulo Guedes finalmente se tocou e liberou a Granja do Torto para o presidente eleito.