Os dois tiros certeiros de Cármen Lúcia em Bolsonaro
Ou… a pior notícia para o presidente em um ano eleitoral
Faltando pouco mais de seis meses para as eleições, o presidente Jair Bolsonaro começa a viver uma situação que pode se tornar um pesadelo com potencial para atrapalhar seus planos de uma reeleição.
Com uma decisão, a ministra Cármen Lúcia deu dois tiros em Bolsonaro: um na área da educação e outra no combate à corrupção.
As duas bandeiras que o presidente fez questão de ressaltar enquanto ainda era candidato, lá em 2018, podem ser exatamente os temas que vão derrubá-lo agora.
Ao questionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) se Bolsonaro deve ser investigado pelos áudios do ministro da Educação, Milton Ribeiro, a ministra coloca o presidente no centro da polêmica e abre espaço para que ele seja responsabilizado tanto pelo aparelhamento da pasta, como pela corrupção lá dentro envolvendo pastores.
Durante sua campanha presidencial, Bolsonaro gritou aos quatro cantos que queria acabar com uma suposta doutrinação que acontecia nas escolas.
O que ele “esqueceu” de mencionar é que, na verdade, ele queria colocar o seu modo de pensar e a sua ideologia de extrema-direita nas escolas. Pode haver doutrinação, desde que ele esteja de acordo com ela.
Além disso, o presidente sempre fez questão de dizer que combate a corrupção. Agora, está diretamente ligado a um escândalo que, além de corrupção, tem líderes religiosos envolvidos.
Os maiores “trunfos” que Bolsonaro achava ter (ou que já teve) podem atingi-lo em pleno ano eleitoral.
A vida do presidente vai ficando cada vez mais difícil, mesmo com sua recuperação nas pesquisas, e Cármen Lúcia aguarda apenas o sinal da PGR para iniciar uma investigação que pode derrubar o principal rival de Lula na disputa.