Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

O novo tiro no pé de Jair Bolsonaro

Presidente tomou de 7 a 1 ao mentir sobre urnas a embaixadores estrangeiros e volta a ficar acuado

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jul 2022, 11h57 - Publicado em 20 jul 2022, 20h30

Após criar uma sequência de agendas positivas com o Auxílio Brasil, a diminuição dos preços de combustíveis e a aprovação da PEC Kamizaze, na qual o presidente foi ao parlamento e fez um raro discurso como outros líderes (conservadores) ao redor do mundo, Jair Bolsonaro está – novamente – acuado.

Ao mentir sobre as urnas eletrônicas para embaixadores estrangeiros nesta terça, 19, o presidente conseguiu unir a cúpula da Justiça Eleitoral a investigadores do Ministério Público e da Polícia Federal, aos presidentes do Senado e do Supremo, aos principais órgãos da imprensa internacional e a redes sociais, como Youtube.

Como Bolsonaro fez isso?

Transformando o dia de ontem em um novo tiro no pé – digo novo porque no 7 de setembro de 2021 o presidente conseguiu a mesma “proeza” -, o político manteve-se fiel à sua trajetória de amante de ditadura e de líder de uma extrema-direita com ideário golpista, que teve seu momento mais importante no país em 1964.

Continua após a publicidade

O saldo negativo do ataque de Bolsonaro às urnas eletrônicas e a idoneidade do sistema eleitoral brasileiro começou com o seguinte: um pedido de investigação feito por vários subprocuradores-gerais da República, que também escreveram uma carta com inúmeros recados ao presidente e às Forças Armadas.

Depois, se juntou a eles um grupo de delegados e policiais federais que, através de entidades representativas, não deixaram por menos os arroubos autoritários de Bolsonaro. 

Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, e Rodrigo Pacheco, o presidente do Senado, engrossaram (e muito) o coro contra o presidente da República, já que sentam nas cadeiras mais importantes do poder judiciário e do poder legislativo. 

Continua após a publicidade

Por tratar de mentira requentada de Bolsonaro – agora a diplomatas estrangeiros -, os jornais ao redor do mundo cobriram o evento mostrando em detalhes as, pelo menos, 20 falácias do político brasileiro, contadas há meses sobre as urnas eletrônicas e a segurança do sistema eleitoral.

Ao fim do dia, o presidente ainda recebeu a notícia de que o YouTube, uma rede social que ele conta para poder virar o quadro eleitoral – hoje bastante desfavorável -, derrubou um vídeo que estava no ar desde de 2021, com as mesmas mentiras que foram contadas aos diplomatas. 

Com apenas o presidente da Câmara, Arthur Lira, ao seu lado – que, sim, tem um peso enorme para dar vitórias ao governo na Câmara -, o presidente voltou ao isolamento político, com o termo “crime de responsabilidade” de volta à pauta. Se fosse uma partida de futebol no dia de ontem, como acontece em inúmeras terças do calendário ao longo do ano, o placar seria algo como um 7 a 1. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.